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Marechal Novidade

Revitalização de ciclovias rondonenses começa em abril

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Buracos, ondulações e desgaste são os principais problemas encontrados em algumas ciclofaixas da cidade (Foto: Sandro Mesquita/OP)

Considerada cidade amiga da bicicleta no Paraná, Marechal Cândido Rondon concentra um grande número de magrelas, devido, inclusive, ao relevo do município. É raro encontrar uma residência que não tenha ao menos uma bicicleta. Basta andar nas ruas e avenidas para perceber que elas estão por toda a parte.

Importantes para proporcionar maior conforto e segurança aos ciclistas, as ciclovias estão instaladas nas principais ruas e avenidas, principalmente na região central. O município possui 30 quilômetros de vias exclusivas para bikes e outros tipos de meios de transporte não motorizados, o problema é que algumas ciclovias nunca receberam recapes, como a Avenida Maripá, e outras apresentam buracos e ondulações, por vezes causadas por raízes de árvores, que dificultam a trafegabilidade e colocam em risco a segurança dos usuários.

O pedreiro Ivonei de Souza utiliza todos os dias a bicicleta para ir trabalhar e, na última semana, levou um susto quando pedalava na Avenida Maripá, na altura da Rua Rio de Janeiro. “Fui desviar de um buraco, mas vinha outro ciclista, e para não bater nele, entrei na avenida e quase fui atropelado por um carro”, relata.

Segundo Souza, as ciclovias construídas recentemente apresentam boas condições de uso, porém, as mais antigas estão precisando de manutenção. “No trajeto que eu faço quase não tem mais asfalto, a ciclovia está toda deteriorada”, aponta.

O motorista de caminhão Schubert utiliza com frequência as ciclovias e, conforme ele, a Avenida Maripá é uma das vias que apresenta muitos pontos de desgaste em razão da falta de manutenção, além das ruas Sete de Setembro e Tiradentes. “Está complicado andar nas ciclovias da cidade. É preciso tomar muito cuidado”, menciona.

O ciclista Sebastião Trindade completou, na última sexta-feira (11), 78 anos e anda de bicicleta desde a adolescência. De acordo com ele, existem muitos trechos com condições boas, no entanto, alguns pontos onde acontecem obras e a ciclovia é quebrada em toda extensão para passagem de tubulações, mas após o término, não recebe o devido reparo. “Perto da minha casa tem vários lugares desse jeito. Eles quebram, mas não arrumam direito”, expõe.

Schubert, motorista: “Está complicado andar nas ciclovias da cidade. É preciso tomar muito cuidado” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

Sebastião Trindade: “Em alguns pontos onde acontecem obras e a ciclovia é quebrada posteriormente não recebe o devido reparo” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

PROJETOS

De acordo com o secretário de Planejamento, Alisson Ostjen, existem alguns projetos no cronograma do município que preveem manutenção e construção de novos trechos de ciclovias. “As ciclovias das ruas Sete de Setembro, Santa Catarina e Tiradentes serão demolidas e reconstruídas em concreto armado, que tem maior durabilidade e resiste mais aos ressaltos provocados pelas árvores”, informa.

O secretário diz que o trecho de ciclovia da Rua Santa Catarina, nas proximidades da Avenida Írio Jacob Welp, sofrerá adaptações. “Nesse ponto a ciclovia está dentro da calçada e a rua é mais estreita. Por conta disso, estamos com um projeto de alargamento para deixar no mesmo padrão do restante da Santa Catarina”, relata.

Ele menciona também a obra que está sendo realizada na Avenida Írio Jacob Welp, a partir da Avenida Rio Grande do Sul. “Essa obra contempla ciclovia nos mesmos moldes do restante da avenida que se estenderá até o Bairro Flórida”, comenta.

Conforme o secretário, a prefeitura pretende revitalizar da Rua Sete de Setembro, desde a Praça Willy Barth, até a Rua Natal. No local será feito recape, construção de calçada e uma ciclofaixa que criará um novo fluxo para os ciclistas, conectando essa ciclofaixa a outras ciclovias já existentes. “A revitalização na Sete de Setembro já está na fase de licitação, com previsão de início da obra para o mês de abril”, informa Ostjen. Clique aqui e veja a matéria do Jornal O Presente sobre as obras previstas para as vias urbanas de Marechal Rondon.

Secretário de Planejamento, Alisson Ostjen: “A revitalização na Sete de Setembro já está na fase de licitação, com previsão de início da obra para o mês de abril” (Foto: Tioni Oliveira)

 

BENEFÍCIOS

Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, coronel Welyngton Alves da Rosa, as ciclovias são um importante dispositivo de segurança que ajuda a desafogar o trânsito. “Quanto mais ciclistas existirem na cidade, menor será o fluxo de carros, ônibus e motocicletas, e isso é bom para o trânsito”, afirma, e completa: “Além de oferecer condições de trafegabilidade, sabemos também que quem costuma andar de bicicleta com frequência tem uma condição de saúde melhor”, observa.

Ainda de acordo com Welyngton, a utilização de bicicleta é uma tendência cada vez maior, inclusive em razão da economia que elas podem representar. “O município tem a preocupação de criar ciclovias que proporcionam segurança, contando sempre com o respeito às regras de circulação de trânsito”, finaliza.

Secretário de Mobilidade Urbana, Welyngton Alves da Rosa: “Existem projetos na prefeitura para a criação de binários providos de ciclovias, para levar maior segurança aos ciclistas” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

Na Estrada do Lira, local de grande fluxo de ciclistas, especialmente nos fins de semana, a prefeitura pretende construir uma avenida com ciclofaixa, a partir da PR 467 até o Clube Lira (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

 

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