Campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” – por Numape

O combate à violência contra as mulheres é um dos grandes desafios da humanidade para os próximos anos. Não à toa, erradicar as desigualdades de gênero está entre os “17 objetivos para transformar nosso mundo” da Agenda 2030 da ONU, uma espécie de plano de ação global das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável do planeta.

O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, segundo informações do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Ainda, o Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou um aumento no número de mulheres assassinadas no Brasil durante os últimos anos. Entre 2003 e 2013, o número de feminicídios passou de 3.937 casos para 4.762 assassinatos em apenas um ano.

Para enfrentar esse problema, além de políticas públicas para coibir e prevenir a violência, também são necessárias ações coletivas para a conscientização da sociedade civil. Dessa forma, a solução passa também por diálogos com a população sobre o assunto, a fim de se discutir a respeito dessas práticas violentas e discriminatórias e pensar conjuntamente em soluções para esses problemas.

Diversas são as iniciativas de promover esse debate entre a coletividade. Dentre elas existe a campanha internacional dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Promovida pela ONU Mulheres, a campanha tem início neste dia 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e encerra-se no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

16 DIAS DE ATIVISMO

A campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma mobilização global da sociedade civil em combate à violência contra mulheres e meninas. A campanha acontece todos os anos, com início no dia 25 de novembro, data que promove o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres”, e se encerra no dia 10 de dezembro, quando se celebra o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”.

 

 

 

No Brasil, a campanha tem duração de 21 dias, pois inicia no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Esse demarcador da luta contra o racismo na campanha é de suma importância, uma vez que o preconceito racial é um dos fatores que expõe milhares de mulheres negras a uma condição de vulnerabilidade social. Além disso, quando essas mulheres estão em situação de violência doméstica e familiar e tentam buscar ajuda ou acessar os seus direitos, o racismo constitui mais um grande obstáculo em suas trajetórias para uma vida sem violência por estar presente em toda nossa estrutura social.

 

DIA LARANJA

Proclamado pela ONU, o “Dia Laranja pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas” é celebrado no vigésimo quinto dia de cada mês, em especial no dia 25 de novembro, data em que se comemora o “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres” e que também marca o início dos “16 Dias de Ativismo”. É um momento de aumentar a conscientização e as ações para o combate à violência de gênero. Sendo uma cor vibrante e otimista, o laranja representa um futuro livre de violência, convocando a sociedade civil à mobilização todos os meses do ano.

NÚCLEO MARIA DA PENHA – NUMAPE/UNIOESTE/MARECHAL RONDON

O NUMAPE é um núcleo especializado em assistência jurídica e pedagógica às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, coordenado pela doutora Ivonete Pereira, professora adjunta do curso de História da Unioeste. O núcleo oferece atendimento às mulheres em situação de violência doméstica de forma gratuita, além de realizar atividades sociopedagógicas na Comarca de Marechal Cândido Rondon. O núcleo fica aberto para atendimento ao público de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, e está localizado no campus da Unioeste, à Rua Pernambuco, nº 1777, centro de Marechal Rondon.

Em razão da campanha dos “16 Dias de Ativismo”, o núcleo preparou atividades sociopedagógicas em alguns dos municípios da Comarca de Marechal Rondon. Parte da programação visa conscientizar jovens e adolescentes por meio de oficinas pedagógicas nos colégios sobre o tema da violência contra a mulher e a importância da Lei Maria da Penha. Outras atividades buscam trabalhar com toda a comunidade rondonense, levando informações e discutindo sobre o assunto a fim de sensibilizar cada vez mais pessoas na luta pelo fim da violência contra a mulher.

Convidamos a todos para participarem da Roda de Conversa “Violência de gênero e violência doméstica intrafamiliar: precisamos falar delas!” que acontecerá às 17 horas do dia 08 de dezembro no Lago Municipal. Esperamos por vocês!

Núcleo Maria da Penha (Numape)

Constituído a partir do apoio financeiro da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio do subprograma Universidade Sem Fronteira (USF), o Numape/MCR está alocado ao Laboratório de Pesquisa de Estudos de Gênero e História (Lapeg) do campus rondonense da Unioeste.