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Júri condena a 19 anos de prisão homem acusado de matar jovem após briga de trânsito em Cascavel

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(Foto: Redes sociais)

Júri popular condenou na terça-feira (28) Elias Pires, de 54 anos, pela morte do jovem Ailson Augusto Ortiz, de 21 anos, após uma discussão de trânsito, em março.

A pena imposta é 19 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo.

O julgamento foi em Cascavel, onde o crime aconteceu.

Após a sentença ser lida, o advogado do réu disse que irá recorrer da decisão.

A briga entre Elias e Ailson foi registrada por câmeras de segurança. Nas imagens é possível ver Elias saindo do veículo e indo ao encontro de Ailson. Os dois discutem.

Em seguida, o jovem dá um tapa no rosto do homem, que saca uma arma e dispara contra Ailson. O jovem morreu no local.

Na denúncia de homicídio contra Pires, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) incluiu as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. Pires também foi denunciado por porte ilegal de arma de fogo. O réu foi preso preventivamente um dia após o crime.

A audiência das partes envolvidas terminou no início da noite. Em seguida, o júri votou e deliberou, por maioria, pela condenação de Pires. A sentença foi lida pelo juiz que conduziu o julgamento.

A dosagem da pena pelo homicídio qualificado foi de 17 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão. No crime conexo, a pena foi de dois anos de prisão e multa.

A sentença definiu, ainda, que Pires permaneça em regime fechado.

 

Depoimentos

Foram ouvidas, nesta terça (28), testemunhas de defesa e acusação.

A esposa de Pires relatou que, no dia do crime, ela e o marido estavam levando os filhos para a escola. Ela informou que estava sentada no banco de trás do carro com dois filhos do casal, uma criança de sete anos e outra de cinco. Na frente, estavam Elias e outro filho do casal, de 16 anos.

Os três filhos e a esposa de Pires presenciaram o crime, conforme depoimento da mulher. O réu também falou no júri.

“Eu estou definhando aqui, estou morto vivo […] Eu tenho certeza que eu destruí a família dele e a minha,” disse Pires em depoimento.

 

O caso

Uma câmera de segurança registrou o momento em que o jovem e o atirador discutiram, em 24 de março. Nas imagens, é possível ver que Ailson caminha em direção ao motorista, gesticulando com as mãos.

Em seguida, o rapaz dá um soco no homem, que rapidamente saca a arma e efetua os disparos. Na sequência, o atirador embarca em um carro com uma mulher e foge.

Duas pessoas, que preferiram não ser identificadas, relataram como o crime aconteceu em entrevista à RPC.

Uma delas contou que tentou conversar com o homem e, também, que pediu para que ele não atirasse no jovem, mas foi ameaçada pelo suspeito.

“Eu pedi pra ele ‘senhor, não mata não, não mata não’. Aí ele falou ‘vai sobrar pra você também’. Aí eu corri pra dentro (casa). Acabou as balas, senão ele atirava, eu acho, ele ia me atirar. Pensei de correr em cima, segurar ele, mas daí falei não vou fazer isso”, descreveu a testemunha.

Outra pessoa, que passava pelo local, disse que os dois estavam discutindo possivelmente porque um fechou o outro no trânsito.

“Eu vi que eles estavam discutindo. O menino que faleceu aqui foi dar um soco no senhor, o senhor puxou uma pistola e atirou nele à queima-roupa, foi o que eu vi. Depois eu, tipo assim, me assustei e não vi mais nada. […] Só sei que foi uma fechada de trânsito. Acho que às vezes ele pode ter fechado o menino aqui e o menino não gostou, foi pra cima dele, foi uma discussão, daí ele pegou a pistola e atirou à queima-roupa”.

 

Com G1

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