Fale com a gente

Municípios Cuidado com o mosquito!

Municípios da 20ª Regional entram em estado de emergência devido à dengue

Publicado

em

(Foto: Divulgação)

A 20ª Regional de Saúde de Toledo acumula 1.938 casos de dengue, segundo dados atualizados até a última quarta-feira (13) e emitidos pelo órgão ao Jornal O Presente. Conforme o diretor Alberi Locatelli, o município nova-santa-rosense inspira uma atenção maior. “Vão fazer bloqueio com UBV costal e, posteriormente, uma avaliação sobre a situação de Nova Santa Rosa. Houve também um crescimento mais acelerado em Diamante D’Oeste, Assis Chateaubriand, Guaíra e Toledo, com números elevados de uma semana para outra”, enfatiza.

Nova Santa foi o primeiro município da 20ª Regional a declarar epidemia de dengue. Na terça-feira (19), Marechal Cândido Rondon e Mercedes declararam epidemia da doença. Ontem (19), o Estado do Paraná, que conta com 14.964 casos confirmados de dengue e cinco mortes devido à doença, também declarou epidemia de dengue.

Conforme o chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da Regional, Felipe Hofstaetter Zanini, Assis Chateaubriand, Diamante D’Oeste, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Mercedes, Nova Santa Rosa, Palotina, Santa Helena, Toledo e Tupãssi estão em alerta de surto da doença e/ou encontram-se entrando em epidemia. Ele salienta que, para além do estado de emergência sinalizar a alta de casos, o status também auxilia juridicamente os municípios nas decisões de ações, aquisições de materiais e de serviços. “Estes municípios devem, sim, decretar o estado de emergência nas próximas semanas”, adianta ele, frisando que a decisão final cabe a cada prefeito.

Diretor da 20ª Regional de Saúde, Alberi Locatelli: “É importante uma intensificação dos trabalhos, envolvendo principalmente a população nos cuidados dos quintais para diminuir os casos, pois o clima está favorável à proliferação do mosquito” (Foto: Raquel Ratajczyk/OP)

 

Situação preocupante

“A situação é bastante preocupante e demanda de ações tanto da gestão quanto da população”, considera Zanini. Locatelli, por sua vez, ressalta que o esforço contra o mosquito Aedes aegypti precisa ser coletivo. “É importante uma intensificação dos trabalhos, envolvendo principalmente a população nos cuidados dos quintais para diminuir os casos, pois o clima está favorável à proliferação do mosquito”, indica.

Chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 20ª Regional de Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini: “A situação é bastante preocupante e demanda de ações tanto da gestão quanto da população” (Foto: Divulgação)

 

Evolução dos casos

Em 28 dias, a 20ª Regional de Saúde viu os casos confirmados de dengue saltarem de 152 para 1.938, um aumento de 1.175%. Nova Santa Rosa (613), Toledo (443), Marechal Rondon (199), Guaíra (144) e Santa Helena (142) são, respectivamente, os municípios com mais pacientes de dengue.

Dois municípios ainda “escapam” sem casos confirmados da doença, sendo São José das Palmeiras e São Pedro do Iguaçu. Na sequência, Entre Rios do Oeste (1), Ouro Verde do Oeste (3), Quatro Pontes (3), Pato Bragado e Terra Roxa (05) são as cidades com menos diagnósticos, com números inferiores a uma dezena.

 

Incidência

Nova Santa Rosa (7.251,49) é o município que acumula a maior incidência de dengue a cada 100 mil habitantes, seguido por Diamante D’Oeste (2.055,97), Mercedes (776,73) e Santa Helena (571,18).

(Arte: O Presente)

 

Pico sazonal

Apesar da situação de alerta, Zanini reforça que o pico de casos coincide com o pico histórico sazonal da doença. “Ou seja, obedece a uma tendência tradicional, ainda que esteja um pouco extrapolado sobre o esperado”, pondera.

Ele salienta que, conforme o histórico, a tendência é de um declínio de casos com o fim do período sazonal – de outubro a maio. “Geralmente, o alerta é maior quando o aumento de casos ocorre muito precocemente, pois aí a tendência é chegarmos nesse período em situação muito crítica, assim como aconteceu em 2019/2020, quando as equipes trabalharam em alerta por quase sete meses e tivemos óbito por dengue já em novembro na 20ª Regional de Saúde”, relembra, pontuando que estamos chegando à 16ª semana epidemiológica e ainda não há mortes pela doença na Regional.

União de forças entre Poder Público e população é essencial para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue (Foto: Bruno de Souza/OP)

 

Insumos em dia

O chefe da Divisão de Vigilância em Saúde menciona que, diferente de anos epidemiológicos anteriores, atualmente o estoque de insumos e inseticidas para as ações das equipes está regular. “O fornecimento é feito aos municípios por meio do Estado, mas os produtos são adquiridos exclusivamente pelo Ministério da Saúde”, detalha.

 

O Presente

Clique aqui e participe do nosso grupo no WhatsApp

Copyright © 2017 O Presente