Paraná Concessões rodoviárias
Deputados debatem pedágio no Paraná e cobram abertura de cancelas em caso de filas nas praças de pagamento: “É um pesadelo”
Romanelli reclamou de longas filas na praça de cobrança de São Luiz do Purunã, enquanto Fabio Oliveira requeriu informações e providências sobre tarifas
As concessões de rodovias no Paraná voltaram a ser tema de debate (e críticas) na Assembleia Legislativa do Paraná. No dia 1º de abril, por exemplo, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) reclamou das filas de veículos na praça de cobrança de São Luiz do Purunã, por onde passa o fluxo do interior para a capital e também no sentido inverso. Já Fabio Oliveira (Podemos) submeteu dois requerimentos que tratam do mesmo trecho, correspondente ao Lote 1 de concessões, administrado pela concessionária Via Araucária.
Romanelli começou reclamando que, apesar das promessas, “a modelagem da concessão de rodovias do Paraná não virou o ‘estado da arte’”, apontando ainda que com o novo pedágio “estamos assistindo a um pesadelo”, apontando que mais de 10 quilômetros de filas e horas de espera foram registrados na praça de pedágio em São Luiz do Purunã.
Oliveira, por sua vez, busca esclarecimentos tanto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela regulamentação e fiscalização do contrato de concessão, quanto da própria concessionária Via Araucária, gestora do atual contrato de concessão, sobre as medidas adotadas para mitigar os transtornos enfrentados pelos usuários. Os requerimentos indagam sobre planos para aumentar a capacidade operacional da praça de pedágio, bem como sobre quaisquer falhas na prestação de serviço que tenham sido identificadas e as providências adotadas ou planejadas para corrigi-las.
Liberação de cancelas em caso de filas
Romanelli também citou que está em contato permanente com o diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitali, e pedindo providências para que seja cumprida a obrigação contratual da liberação de cancelas em caso se 200 metros de fila (em dias úteis) e 400 metros (em feriados). “As cancelas até são abertas, mas por 15 minutos, o que não é suficiente”, considerou.
Na avaliação do deputado, a estrutura da praça precisa ser ampliada com urgência, com mais cabines. Ele também observou que há outro problema a ser solucionado. “Há bastante tempo estamos alertando e advertindo as autoridades que formularam o novo pedágio que o fluxo de veículos nas rodovias paranaenses é pelo menos o dobro do volume apurado em 2019. Pedimos, várias vezes, a recontagem do fluxo”, afirmou.
Outra situação relatada por Romanelli é a falta de melhorias nas estradas antes da cobrança do pedágio. “Enganaram os paranaenses falando que haveria uma grande restauração das rodovias antes do início da cobrança das tarifas. Agora, vimos que as concessionárias ganharam um bônus de um ano para fazer a conservação dos trechos”, sustentou Romanelli.
“Ou agimos agora ou teremos 30 anos de aborrecimentos”
Além da situação dos lotes 1 e 2, que se iniciaram em 23 de março, o deputado do PSD também alertou para os próximos leilões que vão acontecer até o final deste ano. Para ele, há uma sinalização clara de que os preços do pedágio nos lotes 3 e 6 ficarão muito acima do que foi divulgado. Romanelli disse que a Assembleia Legislativa precisa acompanhar a situação. “Ou nós agimos, ou teremos 30 anos de aborrecimentos”.
Com Bem Paraná
