População aprova que Guarda Municipal de Toledo ande armada

Em uma noite emblemática – 10 de outubro, Dia Nacional da Guarda Municipal -, a administração de Toledo realizou uma audiência pública para definir a situação que envolve o armamento dos agentes municipais de segurança da Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (SMST). A maioria dos 429 cidadãos, que se inscreveram e estavam aptos a votar, decidiu pelo porte de arma para os guardas municipais durante o seu horário de trabalho.

O ato foi aberto pelo prefeito Beto Lunitti, que informou aos presentes que caberia ao gestor a decisão, entretanto era necessário que a comunidade toledana também se manifestasse. Opiniões foram expressadas por diversos membros da comunidade, entre eles representantes de entidades sociais, imprensa, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. O comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar em Toledo, major Leonel José Beserra, se posicionou favorável ao armamento da Guarda Municipal (GM). Entretanto, ressaltou a necessidade de treinamentos, corregedoria, avaliação psicológica, entre outras ações.

A Guarda Municipal foi criada em maio de 1994 e o processo para seu armamento teve início com a aprovação de lei em novembro de 2005. Em 2010, mais um passo foi dado com licitação para aquisição de materiais. Foram licitados dez coletes balísticos de proteção individual, ao custo de R$ 7,5 mil, e dez revólveres calibre 38.

O próximo passo aconteceu em junho de 2011, com a implantação da Corregedoria da Secretaria de Segurança e Trânsito do município. A partir do referendo da população favorável ao armamento da GM, o processo licitatório para a compra das pistolas calibre 380 foi encaminhado ao Departamento de Licitações para dar continuidade aos procedimentos.

O secretário da pasta, Paulo dos Santos, informou que os 30 guardas municipais aprovados no exame psicológico passarão por um treinamento na Escola Superior da Escola Civil. Serão 180 horas-aula. Cada agente irá disparar 500 tiros com revólver calibre 38 e 400 tiros com pistola calibre 380. A atividade será realizada a partir do convênio firmado com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. “O convênio prevê que sejam disponibilizados dois instrutores que virão a Cascavel para instruir nossos agentes. E então iniciaremos as conversas com a Polícia Militar daquele município, já que em Toledo a PM não dispõe de stand de tiro”, comenta.

Paulo ainda reforçou que cada guarda municipal que portar arma durante seu horário de serviço necessitará passar por 180 horas de treinamento anuais. Já o exame psicológico precisa ser revalidado a cada dois anos. “Existe um grande rigor para com os guardas civis do que com qualquer outro profissional de segurança”, comentou.