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Política Entrevista ao O Presente

“Essa é uma campanha mais silenciosa”, avalia Elio Rusch

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Deputado estadual Elio Rusch (DEM): “Anular o voto ou não ir votar beneficia quem? Beneficia os candidatos que levaram o país a essa situação que estamos vivendo hoje, pois os radicais não deixam de votar” (Foto: Alep)

A menos de um mês, em 07 de outubro, milhões de eleitores vão às urnas para escolher o próximo presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, dois senadores, deputado federal e deputado estadual.
Para quem está na vida pública há tantos anos, uma percepção fica clara em relação a outras eleições: além do período ser mais curto para fazer campanha – passou de 90 para 45 dias -, os recursos estão mais escassos diante do fim do financiamento de pessoa jurídica. O Congresso Nacional até criou o fundo eleitoral, mas o recurso ficou restrito e não chegou aos candidatos que disputam vagas à Assembleia Legislativa.
Em entrevista ao Jornal O Presente, o deputado estadual com domicílio eleitoral em Marechal Cândido Rondon e que tenta a reeleição, Elio Rusch (DEM), o qual busca o 8º mandato, faz uma avaliação do período eleitoral e enaltece por que em meio ao descrédito na política o eleitor deveria confiar o voto em lideranças que já atuam há muitos anos na Assembleia. Confira.
 

O Presente (OP): A um mês da eleição, o que o senhor está sentindo por parte do eleitor nesta campanha, até em comparação com quatro anos atrás?
Elio Rusch (ER): Essa eleição está sendo diferente, em primeiro lugar, pelo tempo, pois o período é mais curto. Não há uma motivação como nas eleições passadas por dois motivos. Primeiro pelo curto tempo. Há quatro anos a campanha teve quase 90 dias de duração e tinha carro de som, placa, cavalete, banner. Hoje em dia tudo isso é proibido, então faz com que automaticamente a campanha não crie um corpo. Mas eu, Elio Rusch, não posso reclamar. Tenho meus companheiros, continuo atuando em todos os municípios e, inclusive, ampliei mais cidades nestes quatro anos. É uma campanha diferente em relação há quatro anos? É diferente. Para se ter ideia nem todo material ainda está impresso pela gráfica. Há quatro anos, nessa época, tínhamos cabos eleitorais na rua, carro de som, placas, cavaletes. Em se tratando de eleição para deputado, os candidatos não permanecem em um município. Quando é para prefeito, o candidato fica apenas em uma cidade e são dezenas e dezenas de candidatos a vereador. Então o eleitor é abordado inúmeras vezes por diversos candidatos. Agora são poucos os eleitores que vão ter contato com o candidato. Quem vai fazer nossa campanha são as lideranças, pois é humanamente impossível para qualquer candidato a deputado ir em uma cidade e visitar casa por casa, comércio por comércio. Se eu ficasse só em Rondon, por exemplo, e fizesse 100% dos votos, atingiria apenas 50% dos votos necessários que preciso. Então é necessário estar presente em mais de 50 municípios.

OP: Hoje a sua base eleitoral atinge quantos municípios?
ER: Passa de 50.

OP: Nota-se que a campanha ainda não ganhou as ruas. O senhor acha que isso ainda vai acontecer?
ER: Acho que não. Na eleição passada havia cavalete, bandeira, placas, e nada disso haverá esse ano. Então essa é uma campanha mais silenciosa.

OP: Mas em relação ao eleitor, percebe-se que a campanha não está tão impregnada. O senhor acredita que neste sentido ainda tende a estar mais presente no dia a dia das pessoas?
ER: Com o início do programa eleitoral no rádio e na televisão acredito que o eleitor vai começar a ter consciência. Estamos conscientes de que existe hoje um grande descrédito com a classe política, eleitores com desejo de não votar, ou votar em branco ou anular o voto. Mas isso não resolve o problema. Se as pessoas de bem não forem votar, 54 deputados estaduais no Paraná serão eleitos e 30 deputados federais no Estado vão se eleger. Então anular o voto ou não ir votar beneficia quem? Beneficia os candidatos que levaram o país a essa situação que estamos vivendo hoje, pois os radicais não deixam de votar.

OP: Sobre esse momento de descrédito, quais argumentos o senhor tem utilizado para que o eleitor lhe confie um 8º mandato?

ER: Pela representação dos municípios em que estou atuando. Como disse antes, a cadeira (na Assembleia) será ocupada. Ora, se a cadeira será ocupada então vamos votar em alguém que conhecemos e que tem prestado serviços. Agora na campanha não vou mudar, vou colher aquilo que plantei durante o meu mandato. As obras que levei para os municípios para atender a população me credenciam para buscar mais um mandato de deputado estadual. Não é agora na campanha que vou mudar. Vou ser o Elio que sempre fui. E para continuar atendendo a população nos municípios há necessidade que eu me reeleja.

OP: O senhor acredita que o eleitor está mais consciente em buscar um candidato que tem contribuído com o desenvolvimento regional em vez daquele aventureiro e que só aparece em época de eleição?
ER: Eu espero que o eleitor não haja desta forma. É lógico que sempre virão os “paraquedistas”, isso é normal, aqueles candidatos de fora e que não se identificam com o município e não têm compromisso com a região. Mesmo onde sou oposição ao prefeito, tenho atendido os municípios também. Acredito que os eleitores que ainda não estão convencidos da importância do voto vão se convencer e irão votar.

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