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Política Desdobramentos

Possível nova disputa para o Senado sem Moro está no “radar” de políticos

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(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Após a cassação do mandato de Deltan Dallagnol (Podemos), as forças políticas do Paraná também passaram a trabalhar com a possibilidade de que o mesmo ocorra com o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), alvo de duas ações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) por suposto abuso de poder econômico e caixa dois. É que caso Moro também perca o mandato haveria uma nova eleição para o Senado no Paraná. E nos bastidores, os partidos já avaliam quem poderia entrar na disputa pela cadeira de Moro.

As ações envolvem gastos com pré-campanha do ex-juiz à Presidência da República pelo Podemos, lançada em novembro de 2021 e que acabou sendo abandonada em março seguinte, quando Moro se filiou ao União Brasil e passou a se contentar em disputar o Senado. Segundo o PL, a prestação final de contas da campanha de Moro ao Senado é irregular por não ter incluído os gastos que o Podemos teve com sua pré-campanha à Presidência. Estimativas apontam que o ex-partido de Moro gastou entre novembro de 2021 e março de 2022 pelo menos R$ 2 milhões com o ex-juiz. Pelas regras do TSE, os gastos para uma campanha ao Senado são limitados a R$ 4,4 milhões. Já o PL argumenta que, se os valores da pré-campanha pelo Podemos fossem incluídos, os valores efetivamente gastos podem ter ultrapassado a marca de R$ 6,5 milhões.

Em março de 2018, Supremo Tribunal Federal decidiu que novas eleições podem ser convocadas em caso de um prefeito, senador, governador ou presidente da República ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mesmo que ainda haja recursos pendentes no STF.

Moro se filiou ao Podemos em novembro de 2021 como pré-candidato à Presidência da República, mas deixou o partido em março, migrando para o União Brasil, para concorrer ao Senado. Para o PL, a desistência de Moro da candidatura à Presidência e migração do Podemos para o União Brasil se tratou de “estratagema pernicioso” para driblar a legislação eleitoral, que limita os gastos de cada campanha. O ex-juiz nega, e alega que a ação seria uma tentativa de “perdedores” tirarem seu mandato no “tapetão”.

Espaço

Um dos maiores interessados em uma nova eleição é o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), que em 2022 teve a segunda maior votação para o Senado, com 29% dos votos, contra 33,5% de Moro. Caso o ex-juiz seja cassado, ele já partiria como um dos favoritos, pois além do “recall” da eleição do ano passado, teria o apoio do governador Ratinho Junior (PSD) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com Bem Paraná

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