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Política Emprego e renda

Prefeito revela interesse de empresários em instalar indústrias em Nova Santa Rosa

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Prefeito de Nova Santa Rosa, Norberto Pinz: “Temos a necessidade hoje de dar uma atenção especial principalmente na industrialização do município para atender a geração de emprego e renda” (Foto: Maria Cristina Kunzler)

O município de Nova Santa Rosa chegou em 2018 ao 42º aniversário. A base da economia continua sendo essencialmente agrícola. Até em razão disso a prefeitura tem um olhar especial voltado ao agronegócio, cujo objetivo é atender as necessidades dos produtores para que possam trabalhar no campo e escoar a produção.
Neste sentido, o Poder Executivo tem como uma das frentes de atuação a pavimentação no interior, seja com pedras irregulares ou, a partir de 2019, com asfalto diante de uma parceria com a Itaipu.

Mas, além do agronegócio, outro setor que tem merecido uma atenção especial do governo nova-santa-rosense é o industrial. Em entrevista ao Jornal O Presente, o prefeito Norberto Pinz relata que esta é uma preocupação porque a instalação de novos empreendimentos possibilitariam a ampliação na geração de empregos e de renda. De acordo com ele, já há empresários interessados em abrir indústrias no município. Confira.

O Presente (OP): Qual avaliação o senhor faz em termos de conquista de investimentos e o que está planejado para o restante do ano?
Norberto Pinz (NP): Avançamos muito, principalmente no setor agrícola. O nosso município é essencialmente agrícola, então nossos agricultores voltaram a investir, como em chiqueirões, aviários, bacia leiteira e agora com a nova modalidade de peixes. Mais de 20 propriedades foram instaladas, pois vejo que os filhos que estavam fora estão voltando a Nova Santa Rosa para investir. Neste sentido é muito bom para o município, pois cada propriedade que abre faz com que o município cresça e aumente a produção local. Paralelo a isso, investimos em pedra irregular. Já contamos com cerca de seis quilômetros e licitamos oito quilômetros. O nosso agricultor precisa das estradas, então vamos investir muito nisso. Temos um convênio assinado com a Itaipu para fazer asfalto em cima de pedras irregulares a partir do próximo ano. O projeto envolve 20 quilômetros. Só com a Itaipu também assinamos um convênio para fazer em torno de 12 quilômetros de pedra irregular. Um já está executado, outro licitado, e vamos fechar 2018 com mais de oito quilômetros de pedra irregular. Ficamos tristes porque a administração passada perdeu mais de R$ 1 milhão por não ter cumprido com o projeto de pedra irregular. Isso daria uns cinco quilômetros e a comunidade sentiu muito. Fomos atrás na Itaipu para reaver e buscar esses recursos. Vale destacar também a importante parceria com a Emater e a Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) para trabalhar na questão da melhoria e conservação do solo no município, além de maquinários que foram viabilizados. Com recursos próprios e apoio da Câmara de Vereadores também fizemos trechos importantes de pavimentação. Nos esforçamos e trabalhamos muito, e queremos cada vez mais que o nosso município se desenvolva e cresça.

OP: Qual o setor que o senhor destaca que ainda precisa de uma atenção especial do Poder Público?
NP: Contamos com vários pedidos na industrialização. Mesmo que o Brasil esteja parado, há cinco a seis pedidos de empresários que desejam se instalar em Nova Santa Rosa. Precisamos adquirir uma área para abrir um novo parque industrial e construir novos barracões para locação. Outros só querem a área. Temos a necessidade hoje de dar uma atenção especial principalmente na industrialização do município para atender a geração de emprego e renda.

OP: Geração de empregos é uma das principais demandas?
NP: É uma das principais demandas, sim. Tivemos uma parceria muito importante com a Frimesa. A unidade de Marechal Cândido Rondon fez uma parceria com Nova Santa Rosa para levar daqui trabalhadores para lá. Hoje são mais de 100 nova-santa-rosenses que trabalham em Marechal. Isso veio a ajudar nessa dificuldade de emprego. Outra demanda são das casas populares. Estamos com déficit e já tivemos várias propostas para instalação de unidades habitacionais, mas é difícil. O Brasil parou e Nova Santa Rosa também. A Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) e o governo federal paralisaram muitos projetos habitacionais.

OP: O senhor acredita que as grandes demandas que existiam quando assumiu o governo já foram supridas ou ainda há aspectos que precisam ser resolvidos?
NP: Precisamos resolver pendências ainda, em todos os sentidos.

OP: O senhor planeja alguma mudança na equipe de governo?
NP: Hoje ainda não planejamos, mas até podemos discutir ano que vem, pois vai depender de quem ganhará a eleição. Temos deficiência em algumas secretarias, como Assistência Social e Indústria e Comércio. Então pode até aumentar o número de secretários. Hoje estamos trabalhando com equipe reduzida e há secretários que estão respondendo por duas ou três pastas. Vamos nos reunir com a equipe de governo com a possibilidade de, no ano que vem, ampliar a necessidade de alguns secretários para que tenhamos a máquina funcionando em todos os sentidos.

OP: Como o senhor analisa a atual composição e os trabalhos da equipe de governo?
NP: Acho que muito bom. Há um bom entrosamento. São poucos secretários, apenas cinco, e todos trabalham em conjunto para o bem de Nova Santa Rosa.

OP: Já há alguma sinalização de quem pode ocupar as secretarias de Assistência Social e de Indústria e Comércio?
NP: Não.

OP: No fim do ano haverá eleição da nova mesa diretiva da Câmara. O senhor pretende opinar a respeito da escolha do próximo presidente?
NP: O Poder Legislativo é independente e os vereadores vão escolher o seu presidente. Não haverá nenhuma interferência. Eu fui vereador por oito anos e também não gostaria que o prefeito da época fizesse interferência, então não vou me envolver. Os vereadores são bem eficientes e vão escolher o novo presidente.

OP: O senhor tem preferência por algum nome?
NP: Não.

OP: O grupo está unido para que o comando da Câmara permaneça com a base aliada?
NP: O grupo político está unido e pretendemos que esta união continue para o bem do município.

OP: Em relação às eleições gerais, já há definição sobre os apoios?
NP: Ainda não. Não conversamos com a nossa coligação e com o diretório do MDB. Não há nenhuma definição, mas com certeza apoiaremos os deputados estaduais e federais da nossa região.

OP: O MDB lançou candidato próprio ao Governo do Estado. Existe uma tendência do MDB de Nova Santa Rosa estar com o João Arruda?
NP: Não definimos isso ainda com o grupo. Vamos conversar com nossa coligação. Até então o Osmar (Dias, PDT) era candidato, depois desistiu. Vamos nos reunir com o grupo político para definir os apoios.

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