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Agronegócio Expansão de mercado

Produtores de carne bovina do Paraná focam trabalho para exportar para China e Indonésia

Paraná ainda não possui habilitação para exportação para China, maior comprador de carne bovina do Brasil; estado exportou 19 mil toneladas em 2022

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Foto: Assessoria/Governo/Rondônia

Dados do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne – PR) mostram que, em 2022, o Paraná foi o 10º Estado que mais exportou carne bovina no Brasil. Foram quase 16 mil toneladas.

Diante de bons números de 2022, a expectativa é boa e os trabalhos são direcionados para conquistar novos mercados. Em especial, China e Indonésia.

O trabalho é intenso e não para: em um frigorífico em Cruzeiro do Oeste são abatidas até 900 cabeças de gado por dia.

Mil colaboradores preparam a carne, que será entregue em vários Estados do Brasil e também para fora do país.

No exterior, os principais compradores são Israel, Arábia Saudita e Rússia e foi o mercado externo o responsável pelo fechamento positivo das contas da unidade, no ano passado.

“Foi um ano muito desafiador por causa da pandemia de Covid-19. Tivemos um baixo consumo da proteína de carne bovina, que diminui muito em 2022. Foi o menor consumo em 26 anos. Isso prejudicou bastante a indústria frigorífica”, diz Jeremias Silva Júnior, diretor-geral do frigorífico.

Silva Júnior explica que, de cada dez quilos de carne, no máximo, três eram exportados. Porém, com a queda no consumo pelos brasileiros, a empresa passou a vender metade da produção para o mercado externo.

É o mesmo cenário Brasil afora. As exportações atingiram patamares recorde em 2022.

No faturamento, foram 13 bilhões de dólares movimentados, quase 42% a mais que no ano anterior. O volume total também lidera a série histórica, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

De acordo com a associação, em 2022, o Brasil exportou mais de 2,3 bilhões de toneladas de carne bovina, somando carne in natura e carne processada – um volume 26% maior se comparado com 2021.

Para 2023, o desafio é manter esse ritmo e, apesar da tendência de os valores das negociações serem menores, há um otimismo na expansão do mercado consumidor da carne bovina brasileira.

“Estamos muito otimistas para 2023. Existem hoje 38 frigoríficos habilitados mandando carne para a China, um gigante asiático que é o maior comprador de carne bovina do Brasil e estamos [esperando] uma possível habilitação de novas plantas para esse mercado chinês”, diz Silva Júnior.

Ele diz que a Indonésia também é um mercado em potencial para vendas e que pode receber um grande volume de carne brasileira.

Gustavo Fanaya, coordenador técnico do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne – PR), explica que ainda não há no estado um frigorífico habilitado para exportar para a China.

O trabalho para essa abertura, que gera uma expectativa agora, começou há um bom tempo.

“É um processo muito lento, que envolve uma série de auditorias e vistorias, além de investimentos específicos que são exigidos não só na produção, mas na logística, no controle sanitário, de qualidade”, explica Fanaya.

Segundo Fanaya, a expectativa é que nos próximos dois ou três meses já tenhamos a confirmação da habilitação de plantas paranaenses para esse mercado.

Com G1

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