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Marechal Frustrados com mais um leilão

Ex-funcionários da Faville podem organizar protesto

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Antes de fechar as portas, Faville chegou a empregar cerca de 700 pessoas em Marechal Rondon (Fotos: Mirely Weirich/OP)

O Presente

Foram cinco tentativas do ano passado para cá e, mais uma vez, os ex-funcionários da unidade rondonense do Grupo Zadville frustram-se com nenhum interessado em arrematar os bens a serem leiloados para que eles recebam os valores de suas dívidas trabalhistas.

Segundo ex-funcionários, após o 5º leilão encerrado na semana passada sem nenhum interessado, há intenção entre alguns deles em realizar um protesto pacífico como forma de demonstrar a insatisfação dos envolvidos e seus familiares quanto à condução do processo, chamar a atenção da comunidade e pressionar a Justiça.

De acordo com eles, mais um leilão frustrado traz imensa insatisfação, tendo em vista que todos aguardavam um desfecho rápido para a situação.

 

Pagamento dos funcionários

Em meados de junho do ano passado, os então empregados da indústria, que moveram 634 ações trabalhistas reclamando o não pagamento de salários e outros direitos, receberam 60% do total da quantia devida referente a salários atrasados, 13º salário, férias e valores correspondentes às rescisões, cerca de R$ 6,9 milhões.

Apesar disso, os ex-trabalhadores da Faville exigem o pagamento dos 40% restantes, já que, de acordo com eles, podem existir valores referentes ao arremate da Planta Industrial de Pato Bragado, porém o montante não é liberado para o pagamento das dívidas trabalhistas. Tal percentual equivaleria hoje a pelo menos R$ 5 milhões.

Conforme informações extraoficiais obtidas pela reportagem de O Presente, existiriam bloqueios devido a ações movidas pelo Ministério Público que impedem a destinação desses recursos.

 

Hierarquia

A massa falida – formada no momento da decretação da falência do Grupo e formada pelos ativos e passivos de bens e interesses do falido, que passam a ser administrados e representados por um síndico – deve seguir uma hierarquia conforme os bens arrecadados forem sendo leiloados.

Em ordem de preferência estão os funcionários, que já receberam 60% de suas dívidas. Em seguida estão aqueles credores que possuem garantias reais, como, por exemplo, bancos que realizaram financiamentos com hipoteca de bens. Em seguida são pagos impostos e, por último, os demais credores, chamados de quirografários, e que não possuem nenhuma garantia real.

 

Antes

Antes de encerrar as atividades o Grupo Zadville empregava aproximadamente 700 profissionais, dos quais cerca de 500 em Marechal Rondon. A Faville foi um expoente por anos no município, respondendo pela 4ª colocação na geração de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

 

 

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