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Marechal Alerta

Marechal Rondon inicia novo ano epidemiológico com casos notificados de dengue

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(Foto: Arquivo/OP)

Marechal Cândido Rondon iniciou neste mês o ano epidemiológico 2020/2021 da dengue. No último ano vigente (agosto de 2019 a julho de 2020), o município registrou números expressivos da doença, declarando estado de epidemia.

De acordo com boletim da Secretaria do Estado do Paraná (Sesa), no ano epidemiológico 2019/2020 foram notificados 2.356 casos em Marechal Rondon e, dentre estes, 1.981 foram confirmados. Deste total, cinco pacientes resultaram em estado grave. Apenas nove casos foram importados, ou seja, contraídos fora do local onde foi feito o diagnóstico. Os casos investigados foram classificados como do tipo dois.

 

NOTIFICADOS X CONFIRMADOS

Conforme a responsável técnica da Vigilância Epidemiológica de Marechal Rondon, enfermeira Franciele A’ Costa Perez, o número de casos notificados é superior ao número de casos confirmados devido às diferentes dinâmicas de registros, antes e depois de o município declarar estado epidêmico. “Em todos os casos são coletadas amostras e encaminhadas ao laboratório para análise. Só podemos confirmar o caso de dengue por meio do exame epidemiológico e às vezes os resultados davam negativo”, aponta.

Essas circunstâncias mudam, segundo Franciele, quando o surto da enfermidade é reconhecido. “A partir do momento que foi declarada situação de emergência em saúde pública no que se refere à dengue, no dia 20 de fevereiro, 8ª semana epidemiológica, pudemos fechar os casos como sendo clínicos. Por exemplo, o paciente passa no médico e o profissional de saúde diz se o caso se enquadra, investigando os sintomas da dengue e verificando se há outras pessoas da família ou do convívio que são positivas. Como existem muitos casos registrados, não há necessidade de fazer exames epidemiológicos em todos os pacientes. Os quadros são fechados por critérios clínicos. Por isso, nem todas as pessoas fizeram os exames e tiveram seu positivo desse modo”, explica.

Responsável técnica da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Franciele A’ Costa Perez: “Até o momento, são registros de casos bem leves. Neste novo ano, estamos coletando amostras de todos os casos suspeitos” (Foto: Divulgação)

 

ÓBITOS REGISTRADOS

Franciele menciona que nos últimos anos não houve óbitos ocasionados pela dengue, o que não ocorreu neste último ano epidemiológico, quando foram registradas mortes. “Tivemos seis casos de óbitos em Marechal Rondon”, lamenta.

 

PICO DA DOENÇA

O pico na dengue no município aconteceu no início de 2020. “A semana epidemiológica nove, em fevereiro, foi a com maior número de casos confirmados: 326 positivos. Na semana anterior a esta, oitava, o município publicou o decreto municipal reconhecendo a situação de surto da dengue”, rememora.

Três semanas depois, na 12ª semana epidemiológica, os casos registrados caíram para a faixa de 100 e quatro semanas após estavam em menos de 50 positivos semanais em queda constante.
Em fevereiro, salienta a enfermeira, foi registrado o maior número de casos no município. “O gráfico epidemiológico apresentou uma curvatura acentuada e se estabilizou posteriormente”, informa.

Em 2019, por exemplo, a semana epidemiológica nove não marcou nenhum caso de dengue e no ano epidemiológico de 2018/2019 a semana com o maior registro de casos da doença foi a 20ª, com 32 confirmados.

As informações são da 20ª Regional de Saúde, com o setor responsável pelas arboviroses, da Coordenadoria de Vigilância Ambiental/ Sesa e Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen/PR).

(Arte: O Presente)

 

ANO EPIDEMIOLÓGICO 2020/2021

A responsável técnica da Vigilância Epidemiológica comenta que o ano epidemiológico 2020/2021, em vigência desde o início do mês, já tem casos notificados de dengue que aguardam os resultados dos exames. “São registros de casos bem leves. Neste novo ano, estamos coletando amostras de todos os casos suspeitos”, relata.

A coordenadora do Setor de Endemias, Solange Terezinha Rohr, diz que os trabalhos dos agentes devem ser simultâneos aos cuidados das pessoas em suas residências. “Não é porque passamos pelos dias mais frios que podemos deixar os cuidados em relação à dengue de lado. Com todos os dias de chuva da última semana, precisamos ainda mais da ajuda da população nos cuidados em seus quintais. É fundamental tirar uns minutinhos do seu tempo para verificar se não há nada com água acumulada, olhando calhas e cisternas”, solicita à comunidade, frisando que o vírus está em circulação no município e ações conjuntas devem ser tomadas para evitar a proliferação de casos.

Coordenadora do Setor de Endemias, Solange Terezinha Rohr: “Não é porque passamos pelos dias mais frios que podemos deixar os cuidados em relação à dengue de lado. Com todos os dias de chuva da última semana, precisamos ainda mais da ajuda da população nos cuidados em seus quintais” (Foto: Divulgação)

 

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