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Marechal Cidade Segura

Marechal Rondon vai ganhar rede de videomonitoramento

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(Foto: Sandro Mesquita/OP)

Arrombamentos, furtos, depredações, vandalismo e outras ações ilegais. Atitudes criminosas hoje frequentes em Marechal Cândido Rondon em breve terão mais obstáculos para serem concretizadas. Isso porque o município vai ser contemplado com o projeto Cidade Segura, que prevê a instalação de câmeras de monitoramento na malha viária urbana.

Pioneiro no Paraná, o projeto foi implantado em Palotina e tem gerado resultados satisfatórios em termos de redução de índices de criminalidade, especialmente na diminuição de roubos, que chega a 81%, e aumento de 100% nas apreensões do tráfico.

De olho na eficácia da iniciativa, lideranças rondonenses visitaram, em fevereiro, o município vizinho a fim de conhecer mais a fundo o Cidade Segura e seus números. Desde então, avaliam a possibilidade de implantação do projeto em Marechal Rondon.

ESTUDOS E CONTRATAÇÃO

De acordo com o secretário de Administração, Anderson Loffi, a fase inicial de testes foi eliminada e a administração municipal partiu direto para os estudos de instalação e contratação da empresa que fará o monitoramento. “O processo licitatório destinado à contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços de armazenamento, gerenciamento e tratamento de imagens em nuvem, em formato de locação, está na fase inicial dos estudos, em que serão definidos todos os critérios, parâmetros e características do objeto pretendido”, informa.

Secretário de Administração, Anderson Loffi: “Um processo licitatório como este, que demanda estudos aprofundados a respeito das características e da implementação do objeto, leva em média 90 dias para ser concluído e publicado” (Foto: Divulgação)

IMAGEM SIMULTÂNEA E ARMAZENADA

Beneficiando a cidade como um todo, o projeto Cidade Segura prevê a possibilidade de acompanhar as imagens das vias em tempo real, bem como em posterior consulta, aponta Loffi. “A locação da plataforma de videomonitoramento deve permitir gravação em nuvem e capacidade de controlar e visualizar imagens de câmeras IP ou analógicas conectadas à internet, bem como gravar as imagens para posterior pesquisa e recuperação seletiva. Ademais, o sistema deve possibilitar operações com câmeras IP’s nativas e câmeras analógicas simultaneamente, que estejam conectadas à rede TCP/IP diretamente ou através de DVR”, detalha, mencionando que, dessa maneira, cria-se uma rede virtual de imagens: “Permitirá consultas simultâneas entre a administração pública e a polícia, facilitando a busca de dados em relação a crimes realizados ou na prevenção deles”.

ADESÃO

Depois de incrementada a plataforma de videomonitoramento, o secretário diz que munícipes e empresas terão à disposição o serviço de armazenamento, gerenciamento e tratamento de imagens. “O munícipe que quiser participar do projeto poderá fazê-lo via protocolo junto à prefeitura, repassando os dados solicitados no formulário de cadastro e, se o equipamento for compatível com a plataforma, este fará parte do processo de seleção”, comenta.

Por mais que atenda às necessidades da administração pública e das forças de segurança, a operacionalização e a instalação do sistema devem ser terceirizadas. “Por ser economicamente viável, vamos propor que a mesma empresa execute ambas as etapas contratuais, instalação e operacionalização”, ressalta.

QUANTITATIVO E LOCAIS

Em Palotina, a malha de monitoramento conta com cerca de 550 câmeras de segurança integradas ao projeto. Em Marechal Rondon, Loffi informa que esses dados ainda estão sendo avaliados. “O quantitativo e os locais exatos onde os equipamentos serão instalados ainda serão definidos durante esta etapa de estudos preliminares. Provavelmente, a licitação ocorrerá por registro de preços, o que permitirá acrescentar mais câmeras com o passar do tempo”, indica.

90 DIAS

No que diz respeito a prazos, o dirigente da pasta afirma que não há uma data exata para a conclusão. “Um processo licitatório como este, que demanda estudos aprofundados a respeito das características e da implementação do objeto, leva em média 90 dias para ser concluído e publicado”, estima.

Somente após os estudos aprofundados, com pesquisas de preços acontecendo, é que o valor do investimento será definido, declara Loffi.

INCREMENTO À REDE

Além da possibilidade do incremento da malha de monitoramento por meio do projeto principal, é possível que câmeras já existentes se unam à rede. “Os munícipes e empresas que possuem os equipamentos e queiram participar do projeto e conectar as câmeras na plataforma poderão fazê-lo, desde que o equipamento seja compatível”, salienta, acrescentando que a adesão acontece da mesma forma que os equipamentos novos: “Deve-se adquirir os equipamentos e disponibilizar o respectivo IP para o administrador da rede cadastrar e iniciar o gerenciamento e o tratamento das imagens”.

TECNOLOGIA E SEGURANÇA

Para o comandante da Polícia Militar (PM) de Marechal Rondon, tenente Daniel Zambon, o uso de tecnologias na segurança pública é um caminho sem volta. “Da mesma forma que criminosos utilizam tecnologias para cometer crimes, as forças policiais precisam se atualizar continuamente para fazer frente a estas novas demandas”, considera.

Contudo, Zambon salienta que as câmeras de segurança só são úteis se reunirem algumas características. “Boa qualidade de imagem, posição adequada que favoreça o reconhecimento de pessoas ou carros, armazenamento seguro, ou seja, o criminoso não pode ter acesso fácil, estar vinculada a um sistema de alarme, entre outros”, destaca, assegurando que o sistema de rede tem se mostrado útil para a segurança pública.

Por meio desse monitoramento, o tenente ressalta que bairros e municípios são mapeados pela vigilância, que une câmeras particulares, de empresas e do setor público.

Analisando a situação de Palotina, o comandante da PM assegura que, por lá, ocorrências de furtos, roubos e até infrações de trânsito tiveram uma queda considerável. “O ‘risco’ para o criminoso cometer crimes por lá é maior, devido à facilidade e rapidez em identificar e prender elementos”, pontua.

Comandante da Polícia Militar, tenente Daniel Zambon: “Da mesma forma que criminosos utilizam tecnologias para cometer crimes, as forças policiais precisam se atualizar continuamente para fazer frente a estas novas demandas” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

CRIMINOSOS COM MENOS ESPAÇO

Comandante do Corpo de Bombeiros de Marechal Rondon, o capitão Tiago Zajac é da opinião que o sistema trará grandes benefícios para a segurança pública municipal. “As câmeras auxiliarão de forma prática o serviço das polícias em Marechal Rondon, limitando cada vez mais a ação de criminosos”, avalia, emendando que em cidades com o projeto funcionando a queda nos números de criminalidade foi surpreendente: “Houve redução das ocorrências mais atendidas pela Polícia Militar, deixando a cidade mais tranquila, e potencializou as investigações da Polícia Civil”.

Comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Tiago Zajac: “O serviço de câmeras reduzirá para praticamente zero o deslocamento desnecessário de viaturas em caso de trotes” (Foto: Arquivo/OP)

MONITORAMENTO DE VIAS

Para o trabalho do Corpo de Bombeiros, Zajac estima que as câmeras auxiliarão nas ocorrências em tempo real. “A maioria dos atendimentos prestados em Marechal Rondon ocorre nas principais vias da cidade. Dessa maneira, quando os militares do Corpo de Bombeiros forem acionados eles serão orientados pela central de rádio com informações fidedignas das situações, melhorando a triagem e o atendimento à população”, prevê.

Outro ponto destacado pelo capitão é que a rede de monitoramento possibilitará o monitoramento dos principais pontos de acidentes do município, apresentados pelo Mapa de Calor das Ocorrências. “Por fim, o serviço de câmeras reduzirá para praticamente zero o deslocamento desnecessário de viaturas em caso de trotes em virtude do monitoramento das equipes de rádio”, enaltece.

PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Além da contribuição à segurança pública, o secretário de Mobilidade Urbana, coronel Welyngton Alves da Rosa, avalia que o sistema de monitoramento deve contribuir também para a preservação do patrimônio público. “São mecanismos que auxiliam no combate à criminalidade e certos crimes que ocorrem frequentemente em Marechal Rondon. Cidades que já adotaram esse sistema tiveram a diminuição de até 80% em certos crimes. As câmeras ajudam a identificar criminosos e facilitam a elucidação de, principalmente, crimes contra o patrimônio, veículos e depredações”, aponta.

Segundo ele, os trabalhos da secretaria serão facilitados com a rede de monitoramento, visto que os pontos críticos do trânsito poderão ser acompanhados de perto. “Os principais cruzamentos e rotatórias serão analisados em tempo real. Já disponibilizamos um aparelho de televisão na secretaria por meio do qual estaremos conectados com as câmeras e acompanhando permanentemente o trânsito, inclusive os trabalhos de sinalização feitos por nossa equipe”, enaltece.

Secretário de Mobilidade Urbana, coronel Welyngton Alves da Rosa: “São mecanismos que auxiliam no combate à criminalidade e certos crimes que ocorrem frequentemente em Marechal Rondon. Cidades que já adotaram esse sistema tiveram a diminuição de até 80% em certos crimes” (Foto: O Presente)

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