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Marechal Tityus serrulatus

População deve se atentar ao aparecimento de escorpiões nas residências

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(Fotos: Divulgação)

O verão está se aproximando e além de todo o simbolismo do sol, praia e férias em família que a época traz, a estação merece outra atenção especial. É que o clima úmido e quente torna o período ideal para a reprodução de escorpiões. Com isso, a população deve se atentar para o aparecimento destes aracnídeos nas residências.

Eles gostam de calor e, durante fases chuvosas, precisam se deslocar para locais mais quentes. “Os escorpiões estão entre nós o ano inteiro, mas com a chegada das chuvas eles buscam locais mais quentes e seguros para se abrigarem, adentrando nas residências”, expõe o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental da 20ª Regional de Saúde, Felipe Hofstaetter Zanini.

Na região, o município que mais registra casos de aparecimento de escorpião é Assis Chateaubriand. “É a cidade que tem o quadro mais delicado e que mais chama atenção. Em uma única noite, por exemplo, foram identificados mais de 120 escorpiões em uma força-tarefa realizada no cemitério da cidade. É um trabalho contínuo feito pela equipe da vigilância”, menciona.

Já em Marechal Cândido Rondon houve registro de apenas duas ocorrências de aparecimento do animal. Outros municípios com casos esporádicos são Quatro Pontes, Nova Santa Rosa, Tupãssi e Palotina. Ainda assim, a orientação é que a população fique atenta. “Mesmo com casos menores, é importante manter os cuidados, pois são animais que se proliferam rapidamente”, alerta Zanini.

Caso o cidadão encontre um escorpião o ideal é levá-lo na unidade de Vigilância Sanitária ou entrar em contato para que a captura seja feita.


Técnicos das Vigilâncias Sanitárias da região se reuniram recentemente para tratar sobre os escorpiões, diante da situação preocupante de alguns municípios (Foto: Divulgação)

 

Prevenção

A melhor maneira de prevenção é manter boas práticas de limpeza. Evitar o acúmulo de entulhos no quintal, fazer o manejo adequado do lixo, não deixar a vegetação ficar alta e não deixar tábuas e tijolos amontoados. “Por isso, é importante limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede, jardins, quintais e terrenos baldios”, orienta o chefe da Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental.

Também é importante verificar os calçados e roupas antes de usá-los. “Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés é fundamental, pois ajuda a combater insetos, como baratas, por exemplo, que são alimentos para escorpiões e aranhas”, aponta.

 

O que fazer em caso de picada

Ao encostar a mão, os pés ou qualquer outra parte do corpo, o animal se sente ameaçado e reage. A picada do escorpião frequentemente causa dor moderada ou intensa, podendo também causar formigamentos no local da lesão.

Lavar o ferimento com água e sabão é a primeira coisa que a pessoa deve fazer e logo em seguida procurar imediatamente uma unidade de saúde, se possível levando junto o escorpião, para que seja feita a identificação e o atendimento seja mais facilitado.

 

Escorpião amarelo

O escorpião amarelo (Tityus serrulatus) é uma das mais de 100 espécies de escorpiões catalogadas no Brasil. Considerada uma das mais venenosas da América Latina, a espécie é a mais comum na região Oeste do Paraná, principalmente no município de Assis Chateaubriand.

O escorpião amarelo vive em ambientes escuros e úmidos. Tem uma visão pouco desenvolvida, que é compensada por pelos sensoriais que auxiliam na localização de suas presas. Eles se alimentam de baratas e outros insetos e possuem hábito noturno. Podem ser encontrados em locais com entulhos e pedras.

Segundo Zanini, o animal geralmente é importado de outras regiões. “Eles chegam aqui por meio do transporte de madeiras, materiais de construção, móveis, vestimentas, caixas de frutas. Em Terra Roxa, por exemplo, foi encontrado um que veio dentro de uma caixa de abacaxi”, explica.

 

Reunião técnica

Recentemente, técnicos das Vigilâncias Sanitárias de Quatro Pontes, Palotina, Guaíra, Terra Roxa, Toledo, Nova Santa Rosa, Tupãssi e Assis Chateaubriand realizaram uma reunião técnica para tratar sobre os escorpiões. Na ocasião, foram apresentadas informações sobre o escorpião amarelo – o mais comum na região – e discutida a situação de cada município, com a proposição de ações para amenizar a proliferação, visto que o principal desafio é parar o aumento dos aracnídeos.

 


Considerado um dos mais venenosos da América Latina, o escorpião amarelo é a espécie mais comum na região Oeste do Paraná (Foto: Divulgação)

 

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