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Municípios Pandemia

Veja a resposta da Prefeitura de Cascavel ao MPF negando fechamento do comércio a partir de amanhã

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(Foto: Divulgação/ CGN)

A prefeitura de Cascavel divulgou um documento de 26 páginas que é a resposta ao Ministério Público Federal sobre a orientação para o fechamento do comércio da cidade a partir do dia 10.

O pedido era que sejam mantidos abertos apenas os serviços essenciais como alimentação, postos de gasolina e farmácias e que haja restrição no comércio entre os dias 10 e 21 de junho. A prefeitura afirma que não concorda com a sugestão de fechamento.

O município afirma que o MPF desconsidera o grande volume de casos de pacientes já recuperados.

“O número de pacientes com casos agravados neste momento (05/06) é de apenas 3,8%, entre pacientes em enfermaria ou UTI, ou se considerarmos apenas pacientes em UTI, o percentual de casos graves é de 1,4% apenas. Outro fator a ser considerado é o fato de que 86% dos casos confirmados concentram-se na população de 20 a 59 anos, demonstrando eficiência na preservação do principal grupo de risco”

O município afirma que o MPF desconsidera o grande volume de casos de pacientes já recuperados.

O município diz que “é lamentável e infeliz a menção de que Cascavel seja responsável por colapsar o sistema de atendimento em toda macrorregião Oeste”, destacando que o município não está sob Gestão Plena do Sistema Municipal, e que a organização de leitos hospitalares é de responsabilidade Estadual. Eles lembram que Cascavel, antes da pandemia, sempre teve ocupação de leitos perto de 100%. A prefeitura acusa o MPF desconhecer o Plano de Contingência do Paraná COVID-19 da Secretaria de Estado da Saúde, que traz previsão de implantação de leitos hospitalares para o atendimento exclusivo da COVID-19, em todas as macrorregiões, prevendo aumento de 57% nos leitos.

A prefeitura afirma que está analisando os dados para tomar as medidas necessárias tanto para a saúde quanto para a economia.

“Se essas medidas de contenção não tivessem sido realizadas ainda em março quem garante que não estaríamos numa situação de verdadeiro colapso de saúde nesse momento?

Quem garante que se o município não tivesse adotado as medidas de flexibilização não estaríamos em um verdadeiro colapso econômico neste momento? Com pessoas perdendo seus planos de saúde e inchando mais o SUS, pessoas tornando-se depressivas, aumento dos índices de suicídio, trazendo à tona outras doenças por falta de assistência, entre outros aspectos.

Concluo que não é momento de relaxamento, não é momento de comemorar nada, e sim, momento de manter as análises de indicadores e estatísticas, de reforçar as cobranças quanto a ampliação programada de leitos, fortalecendo as instituições hospitalares e garantindo servidores e insumos necessários para o enfrentamento”

Frigoríficos

Sobre o pedido de avaliação da situação dos frigoríficos, o município afirma que todos os cuidados estão sendo tomados.

“Há que se destacar as diversas medidas implementadas pelas empresas a fim de contribuir com o controle da situação, com restrição do volume de atividades, com a busca ativa de colaboradores sintomáticos, com a adequação de espaços como refeitórios, locais de descanso, refeições, e até mesmo nos cuidados com o transporte dos mesmos. A equipe técnica entende que a abertura do ambulatório para COVID-19 nos locais, com ampliação da testagem e a busca ativa internamente de colaboradores sintomáticos ou de familiares dos colaboradores com sintomas é o método mais eficaz, sendo que já vem apresentando resultados positivos e ao longo da última semana, onde já se observa que diversos testes foram negativos, sem falar que a maioria dos casos já estão recuperados, o agravamento de casos relacionado a estes trabalhadores não chegou a 2%, e nenhum foi a óbito”, diz o documento.

Com CGN

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