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Paraná "Vamos pegar pesado"

Ratinho Junior culpa “baladas” por nova onda da Covid, pede denúncias e promete fiscalização

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(Foto: Jonathan Campos/AEN)

O governador Ratinho Junior culpou hoje (26) as “festas” e “baladas clandestinas” pela explosão do número de casos de Covid-19 e o risco de colapso do sistema de saúde, prometeu fiscalização rigorosa e pediu para a população denunciar casos de aglomeração e descumprimento das regras contra a pandemia.

Ratinho Junior disse que deu ordem para as forças de segurança para fazerem blitze diárias contra quem está infringindo as restrições contra a proliferação da doença. As declarações foram dadas em entrevista à RPC um dia depois do governo baixar decreto com novas medidas de restrição à circulação, com ampliação do toque de recolher e fechamento do comércio aos domingos.

Para o governador, os “poucos irresponsáveis que fazem balada clandestina, aglomerações sem se preocupar com o distanciamento” estariam colaborando para o momento crítico da pandemia no Estado. “Essas aglomerações acabam fazendo um volume de transmissão muito grande e que está atacando mais os jovens. Aqueles que estão ocupando mais leitos de UTI”, afirmou. “Em média, antes, a permanência nas UTIs era de 14 a 15 dias. Agora, está a aumentando para 21, e muitos casos um mês”, explicou, afirmando que com isso, os leitos de UTI têm uma rotatividade menor.

Segundo Ratinho Junior, em reunião ontem com os comandantes das polícias Militar e Civil foi acertado que elas vão intensificar as operações de fiscalização para combate às festas clandestinas e acidentes de trânsito. “Por isso temos que trabalhar muito a fiscalização e diminuir o trauma. Que são os acidentes de trânsito que ocupam muito UTIs. E também brigas”, disse.

O governador lembrou dos recentes casos de flagrantes de festas com centenas de pessoas em Curitiba e no Oeste do Estado. “Em Curitiba, teve apartamento de alto luxo com festa com dupla sertaneja”, afirmou. “Vamos pegar muito pesado, a partir desse final de semana. Queremos que a população faça denúncia de festas clandestinas. É importante a participação da população”, pediu ele. “Nós vamos fazer mais campanha para que as pessoas denunciem. Porque às vezes a pessoa fica sabendo mas não conta para a polícia. A polícia não tem como adivinhar”, lembrou.

Segundo Ratinho Jr, os delegados têm a determinação de além de fazer apreensão, aplicar “uma multa e também uma fiança pesada para a pessoa deixar a delegacia”. “As pessoas que estão fazendo isso estão fazendo um crime contra a saúde pública. Acaba punindo as pessoas de bem que estão fazendo tudo, indo para o trabalho com máscara”, criticou.

Em relação aos insumos e o chamado “kit entubação”, Ratinho Jr admite dificuldade para adquirir esses produtos essenciais para o tratamento das pessoas internadas. “Com o aumento do volume de pessoas indo para os hospitais e precisando de atendimento, nós temos um problema nacional. As fábricas não tem dado conta de todos os pedidos dos municípios e estados. Muitas vezes essas compras são feitas e não tem entrega, justamente porque as fábricas tem dificuldade de produção”, alegou, afirmando que a Secretaria da Saúde está em contato com o Ministério da Saúde para tentar resolver o problema.

Novas restrições – Ontem, o governo do Estado publicou nesta terça-feira (25) o decreto 7.716/21, que amplia ainda mais as medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O texto anterior venceria no dia 31 de maio. As novas regras começam a vigorar às 5h da próxima sexta-feira (28) e valem até as 5h do dia 11 de junho, podendo ser prorrogadas. Medidas mais rígidas adotadas pelos municípios terão apoio da administração estadual.
As medidas preveem restrição da circulação de pessoas e de venda e consumo de bebida alcoólica em espaços de uso público ou coletivo depois das 20 horas. O toque de recolher e a lei seca atual vigoram das 22h até as 5h do dia seguinte.

Comércio e atividades não essenciais seguem proibidas de funcionar aos domingos. Isso se aplica a restaurantes, shopping centers e academias. Nos outros dias da semana, o comércio de rua, galerias, centros comerciais e estabelecimentos de prestação de serviços não essenciais em municípios com mais de 50 mil habitantes poderão abrir ao público das 9h às 18h, com 50% de ocupação (o texto anterior era das 10h às 22h). Aos domingos e fora desses horários, durante a semana, só será permitido o atendimento na modalidade delivery.

Os shoppings, que até então podiam funcionar das 11h às 22h, devem abrir até as 20h, com 50% da ocupação. Os supermercados, que não tinham limite de horário, poderão atender das 8h às 20h, com 50% de ocupação, com permissão de funcionarem 24 horas somente para entregas. As academias podem funcionar das 6h às 20h, com até 30% da ocupação.

O horário de funcionamento de restaurantes, bares e lanchonetes será das 10h às 20h, com 50% do público, podendo atender 24 horas na modalidade de entrega. Fica vedado o consumo no local nos domingos, mas com o delivery permitido. Os museus também poderão abrir das 10h às 20h, com limitação de 50% do público.

 

Com Bem Paraná/Blog Política em Debate

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