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Policial Desde 2012

Batalhão de Polícia de Fronteira comemora oito anos hoje

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Neste período, equipes policiais do BPFron abordaram cerca de 54 mil veículos, apreenderam em torno de 70 toneladas de drogas e aproximadamente seis milhões de pacotes de cigarros (Foto: Sandro Mesquita/OP)

É pela fronteira que a maioria dos produtos ilegais entra no Brasil. Traficantes e contrabandistas cruzam o limite entre os países fronteiriços com cigarros, drogas, agrotóxicos, armas, eletrônicos, entre outros ilícitos.

O destino de boa parte dessas mercadorias são os grandes centros do país, onde abastecem o comércio com produtos piratas e o tráfico de entorpecentes.

Com o intuito de coibir esses crimes, foi criado em 2012 o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron). O órgão é o resultado de uma parceria entre o governo federal, através do Programa de Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAfron), e o Governo do Paraná.

Primeiro batalhão policial especializado em segurança pública de fronteira, o BPFron comemora neste sábado (06) oito anos de atuação em Marechal Cândido Rondon e em outros 138 municípios da região.

Conforme o comandante da corporação, major André Cristiano Dorecki, neste ano o aniversário do Batalhão não será comemorado com cerimônia, a exemplo de outros anos, por conta das medidas sanitárias necessárias à prevenção da pandemia do coronavírus (Covid-19). “Não é o momento de comemorarmos, apesar do Batalhão e da Polícia Militar terem muito a comemorar pelo investimento que os governos estadual e federal vêm fazendo desde 2009 na nossa região”, enaltece.

Ele lembra que a unidade de segurança percursora do BPFron foi a Força Alfa – Companhia Independente de Polícia de Fronteira, criada pelo governo estadual em julho de 2009 no município de Guaíra para dar apoio à Polícia Federal (PF) no combate ao contrabando e ao tráfico de drogas nas fronteiras com o Paraguai, Argentina e na divisa com o Mato Grosso do Sul. “Depois teve um coroamento com a criação do BPFron, que comemora oito anos de presença efetiva na região”, ressalta Dorecki.

O oficial de Relações Públicas do BPFron, capitão Nairo de Oliveira Cardoso da Silva, diz que a essência do trabalho desenvolvido pelo Batalhão remete à extinta Força Alfa, no entanto, o trabalho desempenhado se pauta também na integração das instituições. “Essa integração com as forças de segurança, de controle, defesa e fiscalização é a chave do sucesso do BPFron”, destaca.

Comandante do BPFron, major André Cristiano Dorecki: “Ao longo dos oito anos do BPFron notamos que houve uma mudança nos crimes mais comuns, mas alguns deles são incidentes, como o tráfico de drogas e contrabando de cigarros” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

Oficial de Relações Públicas do BPFron, capitão Nairo de Oliveira Cardoso da Silva: “O policial tem que se permitir e querer ser um operador de fronteira. É isso que temos trabalhado com nosso público interno” (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

APREENSÕES

Durante sua trajetória, o BPFron tornou-se um marco para a segurança pública no Brasil. Mérito conquistado com o trabalho sério de centenas de policiais militares devidamente capacitados para combater o crime organizado na região fronteiriça.

O resultado da atuação são milhares de apreensões e prisões ao longo dos oito anos de atuação, com intensas operações de fiscalização.

As equipes policiais do Batalhão abordaram nesse período cerca de 54 mil veículos, apreenderam em torno de 70 toneladas de drogas e aproximadamente seis milhões de pacotes de cigarros.

Os números refletem no trabalho dos policiais e representam um prejuízo incalculável ao crime organizado.

O comandante do BPFron lembra que a entrada desses ilícitos no país afeta não somente a segurança, mas também a economia e a saúde pública, uma vez que os responsáveis pelas mercadorias ilegais não recolhem impostos, e as apreensões de medicamentos e agrotóxicos não regulamentados oferecem riscos à saúde. “Quantas pessoas podem ter a saúde prejudicada por causa de cigarro ou medicamentos falsos, por exemplo? Isso motiva ainda mais nossos policiais a desenvolverem o trabalho que fazem diariamente”, salienta.

Em Marechal Rondon localiza-se o subcomando geral do BPFron, que é dividido em três companhias (Foto: Sandro Mesquita/OP)

 

NOVA SEDE EM SANTO ANTÔNIO DO SUDOESTE

Como parte da comemoração aos oito anos do BPFron, foi entregue na quarta-feira (03) o novo prédio da 3ª Companhia, na cidade de Santo Antônio do Sudoeste, município que faz divisa com a Argentina.

A obra foi uma realização em conjunto entre o Governo do Estado, Assembleia Legislativa do Paraná e prefeitura. Foram investidos cerca R$ 10 milhões, sendo 70% oriundo do governo estadual e o restante por parte do município. A estrutura de 2,5 mil metros quadrados foi edificada em um terreno de dez mil metros quadrados e é considerada uma das maiores subunidades de Polícia Militar do país voltada à segurança pública.

De acordo com Dorecki, com a nova sede a Companhia firma ainda mais presença na região Sudoeste do Estado, assim como a parceria com as outras unidades da Polícia Militar, com a Polícia Civil e órgãos da União, sejam de defesa, fiscalização, controle e segurança pública. “Também vem potencializar as nossas possibilidades de participação com operações, inclusive de receber outras forças para compor as operações que a Polícia Militar desenvolve”, expõe.

A 3ª Companhia do BPFron foi inaugurada em 2014 no município, mas passou por uma ampla reforma para readequar o efetivo e os equipamentos utilizados no policiamento de fronteira no extremo Sudoeste do Estado. Atuante em 56 municípios, na divisa do Paraná com Santa Catarina e na fronteira com a Argentina, a companhia se destaca pelas atividades desempenhadas na Operação Hórus, assim como em outras de combate a crimes transfronteiriços.

 

NOVA SEDE EM MARECHAL RONDON

As articulações para a construção da sede própria do BPFron em Marechal Rondon se arrastam desde 2013 e, ao que tudo indica, o projeto arquitetônico da obra deve ficar pronto no próximo mês.

O terreno onde será erguida a estrutura foi adquirido pelo Estado e está situado nas proximidades da atual sede, também na PR-467, sentido Marechal Rondon a Porto Mendes.

O local que abrigará a sede definitiva possui área total de 24 mil metros quadrados, dos quais 6.521 metros serão de edificações. A estrutura moderna contemplará 13 blocos, com área administrativa da 1ª Companhia, auditório, alojamentos, piscina coberta, estande de tiros, salas de reuniões, ambientes para capacitações, cursos e treinamentos, campo de futebol com área para lazer, canil e clínica veterinária, refeitório, amplo estacionamento para viaturas e local para abrigar embarcações, assim como heliponto e hangar.

(Arte: O Presente)

 

OBJETIVO DO BPFRON

O objetivo do BPFron é desenvolver operações militares para combater crimes fronteiriços, entre eles contrabando, descaminho e tráfico de armas e drogas. O Batalhão é composto por centenas de policiais militares e em Marechal Rondon está localizado o subcomando geral, que é dividido em três companhias, respectivamente Marechal Rondon e Guaíra na fronteira do Brasil com o Paraguai e Santo Antônio do Sudoeste na fronteira com a Argentina.

A instituição é uma proposta para o desenvolvimento de ações relacionadas ao Plano Estratégico de Fronteira e Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (ENAFron).

O BPFron atua em 139 municípios na faixa de fronteira, que abrange um raio de 150 quilômetros, além da linha divisória terrestre do território nacional.

Por terra o policiamento é feito pela Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas (Rocam), viaturas e o Pelotão de Operações com Cães.

Para o patrulhamento aquático existe o Pelotão Cobra. O grupamento realiza o policiamento embarcado em toda a região do Lago de Itaipu, que abrange 170 quilômetros, sendo 16 municípios brasileiros banhados por ele e que são de atuação do BPFron.

 

O Presente

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