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Grupo de contrabandistas monitora fiscalizações da PRF e da Receita Federal pelo celular na região Oeste

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(Foto: Divulgação/PRF)

Um grupo de contrabandistas tem monitorado pelo celular as fiscalizações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Receita Federal no Paraná.

O monitoramento foi registrado nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Cascavel, no Oeste do Paraná, em Sarandi e Floresta, no Norte, Peabiru, no Centro-Oeste, em Palmeira, nos Campos Gerais, e em Laranjeiras do Sul, na região Central.

Imagens dos postos de fiscalização são compartilhadas diariamente em aplicativos de mensagens na tentativa de garantir caminho livre para o contrabandistas e traficantes.

A rede de informações tem integrantes de várias regiões do Brasil e fornece detalhes sobre a atuação dos agentes das forças de segurança.

Com mensagens de áudios e textos compartilhadas praticamente minuto a minuto, o grupo monta o mapa para escapar das apreensões.

O monitoramento começa na primeira barreira: a aduana na Ponte Internacional da Amizade. Depois, segue pela BR-277, a principal rota do crime no oeste do Paraná.

Olheiros do grupo são chamados de “mosquito ou mosqueteiro”. Eles indicam como está o posto da PRF.

Quando os olheiros indicam que a fiscalização está mais intensa na rodovia, os contrabandistas buscam alternativas.

Uma delas é passar pelas estradas rurais da região. Mas nem sempre eles conseguem escapar, pois a polícia também conhece os desvios.

“A gente faz uma grande seleção de alvos. As placas são monitoradas, o cidadão que está cometendo o ilícito já é conhecido por nós, essa informação já está nos sistemas de informação, não só da receita, mas das demais forças de segurança, então ele já é um alvo permanente. Ele vai acabar sendo pego em algum trecho”, disse o delegado da PF, Paulo Bini.

Contrabandistas acompanham até a escala de trabalho de agentes das forças de segurança.

“Essas situações aonde há pessoas realizando essa comunicação de modo a identificar os policiais, eles estão agindo em uma organização criminosa em concurso. Então, todo o crime praticado, fiscalizado e flagrado, essas pessoas identificadas vão responder por tal situação na medida de sua culpabilidade”, disse o inspetor da PRF Guilherme Fontana.

Diante de novas estratégias da Receita Federal, um dos participantes do esquema se mostrou preocupado com o aumento das apreensões.

“Na verdade é o seguinte cara: nós não temos mais controle dessa coisa aí não. Os caras estão com muito carro particular, muita viatura, muita gente. Eles deixaram nós doidos. Já era isso aí. Não tem mais como controlar eles”, compartilhou em áudio em um grupo.

 

Com G1

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