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Policial

Tarde começa sem desfecho em rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel

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A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel avança na tarde desta sexta-feira (10), sem previsão de término.

As informações são de que as equipes policiais podem invadir o local a qualquer momento. Às 15h30 o motim completará 24 horas. Dois agentes penitenciários seguem reféns na unidade.

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) confirmou a morte de dois detentos e, conforme divulgados, outros estariam sendo torturados.

Ainda durante a rebelião, outros seis presos ficaram feridos. Segundo a Polícia Militar (PM), eles foram socorridos e encaminhados para unidades de pronto atendimento.

Um terceiro agente que também tinha sido rendido foi liberado no final da tarde de quinta. O homem sofreu ferimentos na cabeça e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Veneza.

Equipes do Setor de Operações Especiais (SOE) e da Polícia Militar (PM) estão no local para tentar negociar o fim da rebelião. No início da manhã, a PM chegou a dizer que a negociação estava prestes a ser concluída, mas pouco tempo depois afirmou que os detentos não cumpriram o acordo e que, por isso, as negociações tiveram que recomeçar.

O Sindicato dos Agentes Penitenciários informou que a rebelião começou no solário da penitenciária. Os presos que estavam no local escalaram a parede e acessaram o telhado. Desde então, eles não saíram mais do local.

 

Transferências

Segundo a Sesp, a PEC foi projetada para receber 1.160 presos. Até o início da rebelião, abrigava 980 detentos. Durante a madrugada desta sexta, 150 foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) e outros 50 foram levados para Cadeia Pública da cidade, anexa à delegacia central, permanecendo cerca de 780.

Familiares aguardam do lado de fora do presídio em busca de informações de parentes. Por volta das 19 horas de ontem (09), eles chegaram a fechar a BR-277 para protestar sobre a falta de notícias, mas liberaram o trecho cerca de três horas depois.

 

Outra rebelião

Em 2014, outra rebelião na mesma unidade deixou ao menos cinco presos mortos e 27 feridos. O motim foi encerrado após 45 horas. Na ocasião, cerca de 80% da estrutura da penitenciária foi destruída pelos presos. A reforma custou cerca de R$ 1,3 milhão.

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