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Política Bem cotado

Arion Nasihgil é convidado a ser pré-candidato a prefeito pelo Podemos

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Presidente estadual do Podemos, Marcelo Almeida, em visita ao O Presente: “Na minha cabeça o Arion é o terceiro nome, que vem ‘comendo’ por fora. Faz uma política de quem tem ética, valores morais e de família, tem retidão e uma conversa sincera” (Foto: Joni Lang/OP)

O presidente do Podemos no Paraná, ex-deputado federal Marcelo Almeida, cumpriu agenda política em Marechal Cândido Rondon na última quarta-feira (28), acompanhado do presidente da comissão provisória local, Saul Falkembach. Durante sua passagem ao município, Almeida visitou o Jornal O Presente, ocasião em que fez uma avaliação do cenário político estadual e destacou a projeção do partido em âmbito nacional, que, segundo ele, pode atrair para suas fileiras o senador Flávio Arns (Rede).

“O Podemos é uma sigla pequena e ao mesmo tempo grande, pois em breve se tornará a segunda maior bancada no Senado Federal, o que é um feito importante para um partido ainda desconhecido no Brasil. Isto prova que a articulação no Congresso Nacional é muito forte. Quem sabe seja a única sigla partidária do país que pode reunir os três senadores do Estado. Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães são filiados e Flávio Arns pode ingressar. Tudo isto mostra a força de ter o governador Ratinho Junior ao nosso lado”, declarou ao O Presente.

“Para mim importa ser um líder partidário, não chefe de partido. Interessa passar por Quatro Pontes, Corbélia, Cascavel, Marechal Rondon e ajudar a formar uma nova geração que tentamos liderar enquanto presidente estadual do Podemos”, enalteceu.

 

MAJORITÁRIA

A vinda de Almeida a Marechal Rondon teve um motivo especial: estender o convite para que o jovem vereador Arion Nasihgil migre do MDB ao Podemos com o objetivo de que ele dispute o pleito eleitoral do próximo ano como pré-candidato a prefeito pelo partido.

“A comissão provisória do Podemos em Marechal Rondon está formalizada com Falkembach na presidência. Tenho um ótimo nome como pré-candidato a prefeito, que é o vereador Arion. Na minha cabeça ele é o terceiro nome, que vem ‘comendo’ por fora. É novo, advogado, não responde processo, não usa tornozeleira eletrônica; esta é a diferença. Faz uma política de quem tem ética, valores morais e de família. Tem retidão e uma conversa sincera. Aliás, sou convicto de que as pessoas que falarem a verdade no próximo ano vão ganhar muito voto”, opina.

Em relação ao convite estendido ao vereador rondonense, Almeida diz ter a sensação de que o edil está rifado no MDB. “Não teria vez para ser pré-candidato a prefeito. Eu vejo ser o momento dele tentar algo em outro partido, pensando em um jovem com menos de 30 anos, se não der, paciência, vai a deputado estadual e depois a prefeito para vencer uma eleição boa. Eu vejo que precisa ter peito e arriscar”, enfatiza, lembrando que Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito presidente da República “sem fundo eleitoral, sem fundo de campanha, sem televisão, sem rádio e sem debate, ou seja, tudo o que está posto pode ser alterado”.

Almeida afirma não haver mais espaço para amadorismo na política e avisa que o Podemos vai realizar pesquisas qualitativa e quantitativa. “Na qualitativa queremos saber quem é o ‘timoneiro’ e faremos uma quantitativa com 400 entrevistados para enquadrar resultado bom, nesta última com quatro ou cinco pré-candidatos a prefeito, incluindo o atual mandatário. Boto fé que este jovem vereador vai aparecer muito bem posicionado em uma pesquisa estimulada. Estou convicto de que ele terá menos rejeição de todos”, prevê.

 

FORTALECIMENTO

O trabalho de fortalecimento do Podemos no Paraná segue a todo vapor. A agremiação partidária está presente em 245 municípios do Estado, todos no formato de comissão provisória, uma vez que a legenda paranaense também é uma comissão provisória. “Há dificuldade por estarmos em um partido novo e queira ou não o PSD e o PSC, que são a base do governo, têm muita gente com eles. Porém, nossas metas são arrojadas. Queremos eleger de 42 a 48 prefeitos, além de vice-prefeitos, somando 70 prefeituras no Paraná sob o comando de prefeitos ou vice filiados ao Podemos. Dentro disso o número de vereadores será bem maior”, salienta.

Ele também comenta que no próximo ano todos os partidos políticos serão transformados em diretórios. “O que é bom, porque os dirigentes permanecerão nos cargos por três anos e não haverá destituição. Não sei em que mês, mas no ano que vem não haverá mais comissões provisórias. Existirão diretórios estaduais e municipais. Vai acabar aquela história dos deputados tornarem os partidos verdadeiros currais eleitorais”, pontua Almeida.

Segundo ele, a sigla pode ganhar uma adesão de peso no Paraná. Trata-se do senador Flávio Arns, que deve sair da Rede, partido que não atingiu o desempenho mínimo de votos em 2018 na cláusula de barreira e perdeu verba do fundo partidário. “O caso do Arns entrar no Podemos é por eliminação. Por exemplo, para onde ele não iria: PT, PSDB, PDT, não na esquerda, não combina com MDB e não tem a roupa do PP. Arns é da Apae e da Igreja Católica. Eu vejo que o partido que traz menos ruído ao eleitor dele é o Podemos”, entende o presidente estadual.

Almeida diz que o Podemos em breve se tornará a segunda maior bancada no Senado Federal, o que trará visibilidade e aumentará a viabilidade do próximo presidente do Senado ser do partido. “Estamos chegando a dez senadores e 24 deputados federais, e muitos ainda virão porque inúmeros partidos tradicionais ficaram para trás na última eleição”, assinala.

 

AVALIAÇÃO POLÍTICA

No tocante à atuação do governo federal, Almeida afirma que o presidente Bolsonaro tem como grande problema o “filhotismo”. “Lamento, pois minha esperança era de que ele fosse um pouco melhor. Bolsonaro chegou repentino, o eleitor ouviu o slogan de combate à corrupção. Fez uma eleição em que Bolsonaro estava nas redes sociais, mas quem levou a facada foi o Jair; tudo isso gerou compaixão do cidadão e o ajudou muito”, expõe.

“Ele vem amparado por diversas cabeças pensantes, caso do general Hamilton Mourão (vice-presidente) e os militares que hoje trazem o bom-senso. Bolsonaro tem como ministros Marcos Pontes, Paulo Guedes, Tarcísio Freitas, Sérgio Moro; ele está apoiado por pessoas excelentes, no entanto não tem capacidade de ouvir mais do que falar e não consegue colocar a roupa de presidente”, aponta.

Almeida cita que a reforma da Previdência quem encabeçou não foi ele (Bolsonaro), mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). “Agora vem a tributária, que demora e é mais difícil, mas também será aprovada. Se repensar que é o presidente da República, Bolsonaro pode se tornar o grande nome da história do Brasil”, expressa.

Sobre o Paraná, o presidente do Podemos avalia que o Estado vive um momento interessante. “O final do último governo era muita publicidade sobre corrupção, pedágio, patrulha rodoviária, Operação Quadro Negro, o Gaeco ficou muito em evidência. Só de não ver o Estado em nota policial parece transmitir uma sensação boa. O Ratinho Junior (PSD) é muito novo para ser avaliado, tem menos de 40 anos e já é governador do Estado. Eu penso que ele vai bem por um motivo: não sabe todas as informações. Ele precisa de um tempo, entretanto se medir Ratinho Junior e Bolsonaro, o Ratinho Junior está bem melhor no meu entender, pois erra menos. Precisamos esperar um tempo para saber se ele será um estadista, a exemplo de Ney Braga e Jaime Canet”, ressalta.

 

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