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Casa, bem me quer casa

As melhores coisas da vida não são coisas

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Começo o artigo de hoje com essa citação que, para mim, é um luxo, em tempos atuais. Justamente pela condição de que hoje a casa pode ser um espaço de liberdade de escolha, de exercício de criatividade, de profunda realização pessoal e, mais ainda, um infinito particular: cheio de memórias afetivas.

Quando fui convidada para escrever sobre essas “profundidades”, assinando um blog no site do O Presente, aceitei na hora e comecei a anotar tudo para não deixar escapar nenhuma memória das coisas que carrego comigo, inclusive o de como eu gostaria de escrever e fazer.

O primeiro passo foi o novo “layout”, que teria uma nova imagem. Para isso, pesquisei e busquei coisas que trouxessem muitas memórias afetivas, bem carregadas de amor. Esse era o primeiro passo.

O segundo foi organizar tudo num breve espaço e imagem, fotografia. Tudo pronto e organizado, comecei a separar os itens.

Cada item tem uma história, um aconchego, um amor e não está por acaso neste novo layout.

Tudo começou com a mesa: uma mesa antiga, que na época era usada para passar roupas. Não lembro mais aonde resgatamos, só sei que estava em um canto “abandonada” e sei que era da vó do meu marido. A história de como a mesa foi feita também não sabemos. Mas isso pouco me importava, pois eu queria a mesa na nossa casa, pois ali tinha história, lembranças carregadas de afeto e quantas emoções compartilhadas!

Hoje, uso como aparador.

Depois vieram as flores, que para mim não há um significado maior que: “Seja flor, por onde for”.

E o bolo?

Ah, o bolo… Este exala os melhores aromas de felicidade, de uma infância feliz, na casa dos meus pais, minhas tias e avós.

As louças, chego a suspirar de lembranças… Quando decidi me casar, minha mãe foi a primeira a falar: “lhe darei um jogo de louças de porcelana”. Então, a certeza que tenho é um pedacinho da casa da minha mãe (ninho) na minha casa. O registro de que deixei o ninho dela…

Os livros de botânica são as memórias que carrego da infância. Ficava horas folheando as páginas, e sempre imaginando que um dia eu teria uma casa cheia de orquídeas, como as dos meus pais.

A tesoura de poda era do meu pai. Nunca vou conseguir me desfazer dela… São lembranças que tenho do meu pai podando e cuidando das plantas, quando eu era criança. Eu e meus irmãos sempre ajudando a levar os galhos podados.

E a citação “Happines is Homemade” significa: Felicidade é feito em casa!

Sem esquecer do crochê: esse sempre e sempre presente na minha casa. Trabalho manual e dedicado. Esse ganhei de uma amiga artesã muito querida e mãe de gêmeos, também.

Todas essas memórias deixo sob uma mesa antiga, também, que era do pai do meu marido. Faço questão de deixar a mesa num espaço da casa que mais usamos, com todas essas recordações afetivas, cheias de amor. Para não esquecer que as melhores coisas da vida não são coisas.

E, para você?

 

Um beijo, até breve.

 

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