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Marechal Unioeste

Marechal Rondon se torna o município com maior coleção de pitaia do Paraná

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(Foto: Divulgação)

A pitaia é uma fruta originária de países da América Central e considerada exótica pelo seu aspecto visual diferenciado. E embora seja uma fruta de clima tropical, cada vez mais ela ganha espaço na região Sul do país. Neste cenário, Marechal Cândido Rondon é destaque. É que na semana passada, o Grupo de Estudos em Fruticultura e Floricultura (GEFF) do campus local da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) recebeu uma coleção com 42 genótipos da fruta. Com isso, o município passou a ter a maior coleção de pitaias do Estado e a maior coleção em uma instituição pública na região Sul do Brasil.

A doação foi realizada pela Associação Brasileira de Produtores de Pitaia (ABRAPPITAIA), localizada em Uberaba (MG), e pelo colecionador da fruta, Joel Lourenço Tavares, de Uberlândia (MG), e tem o intuito de contribuir para o crescimento do cultivo de pitaia na região.


Doação de 42 genótipos foi feita pela Associação Brasileira de Produtores de Pitaia (Foto: Divulgação)

A professora de Fruticultura e Plantas Ornamentais do curso de Agronomia da Unioeste e coordenadora do grupo, Fabíola Villa, diz que as mudas recebidas vão enriquecer os estudos e ampliar o pomar experimental da instituição. “Elas serão inicialmente multiplicadas e depois estudadas. Uma nova área demonstrativa será instalada junto ao pomar experimental, onde pesquisas com nutrição, sistemas de condução e conservação e qualidade pós-colheita dos frutos já são realizadas”, explica.

Fabíola destaca que a fruta possui características morfológicas. “Apesar de a pitaia pertencer à família dos cactos, foi demonstrado que ela se adapta também às condições climáticas de inverno frio. Isso a torna uma fruta promissora na região”, avalia.

No Brasil, as versões mais consumidas são a de casca rosa com polpa avermelhada e a de casca rosa com a polpa branca. Além destas, a Unioeste possui outros seis genótipos da fruta e demais colorações, como a de casca amarela.


Nova área demonstrativa será instalada junto ao pomar experimental da Unioeste, onde já são cultivadas diferentes espécies de pitaia (Foto: Divulgação)

Encontro de Produtores de Pitaia

Por desenvolver pesquisas com pitaia desde 2016, acompanhar o trabalho da ABRAPPITAIA e trocar experiências com vários pesquisadores da fruta, Marechal Rondon foi escolhido para sediar o Encontro de Produtores de Pitaia. Inicialmente, o evento seria em 2020, mas, devido à pandemia, foi adiado para o segundo semestre de 2022.

“É um momento em que a Unioeste espera receber presencialmente especialistas e interessados no cultivo de pitaia de toda parte do Brasil”, enaltece a professora.

 


Integrantes do Grupo de Estudos em Fruticultura e Floricultura da Unioeste: apesar da pitaia pertencer à família dos cactos, ela se adapta às condições climáticas de inverno, o que torna a fruta promissora na região (Foto: Divulgação)

GEFF

O Grupo de Estudos em Fruticultura e Floricultura (GEFF) atua dentro do Centro de Ciências Agrárias da Unioeste, no campus de Marechal Cândido Rondon, sob comando da professora Fabíola Villa. Foi criado oficialmente em 2017 e desde então tem consolidado suas atividades de pesquisa na área de fruticultura, floricultura e paisagismo.

São desenvolvidas ainda pesquisas com frutíferas convencionais, como figo, maracujá e uva, trazendo também inovações com frutas pouco conhecidas, mas que possuem potencial nutricional e econômico elevados, como é o caso da oliveira, fisális, doviális, uvaia e pitaia.

Já na área de floricultura são desenvolvidas tecnologias inovadoras para cultivos da roseira, gladíolos, helicônias, copo-de-leite, estátice, entre outros. “Trabalhamos para consolidar a floricultura e o paisagismo na região como importante setor produtivo agropecuário gerador de renda, além da melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio da inserção do verde no dia a dia”, explana Fabíola.

O grupo conta atualmente com 13 integrantes entre graduandos, mestrandos e doutorandos, e já formou mais de 20 integrantes nos mesmos níveis acadêmicos.

 

Benefícios

A pitaia concentra substâncias reconhecidamente benéficas à manutenção da saúde. São substâncias que atuam no metabolismo dos carboidratos, fortalecem dentes, ossos, sangue e tecidos, bem como as defesas do corpo. Contribuem ainda para uma melhor cicatrização e recuperação de infecções do aparelho respiratório e são consideradas laxantes suaves, dado o seu teor de fibras.

Redução do colesterol, controle glicêmico no diabetes tipo 2, prevenção do câncer colorretal, fortalecimento das funções dos rins, melhora das funções cerebrais e da saúde ocular são outros benefícios da pitaia.

 

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