“O vereador Portinho foi muito infeliz e tendencioso nas afirmações”, critica Arion

Relator da comissão processante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que investiga o vereador Nilson Hachmann (PSC) e líder da bancada do MDB e PP, Arion Nasihgil avalia que o vereador Valdir Port (Portinho) (PTB) foi infeliz e tendencioso nas afirmações feitas em entrevista ao Jornal O Presente.

“Mostrou que, independente de quem está certo ou errado, está em uma defesa desesperada por aqueles que participam do grupo dele, ignorando o poder fiscalizatório da Câmara de Vereadores, a necessidade e obrigação legal que temos de apurar os fatos que surgem e de penalizar aqueles que praticam qualquer tipo de dano ao erário. O vereador Portinho, inclusive, faz parte de algumas comissões, tem estado presente nas reuniões que são realizadas, então o que fala não condiz com a realidade e nem com o posicionamento dele dentro destas comissões”, destaca o emedebista.

Trâmite regular

Conforme o vereador, existem atualmente três comissões processantes instaladas no Legislativo rondonense, além de duas CPIs, e todas estão com o seu andamento totalmente regular. “Algumas tramitam de maneira mais célere e outras de maneira mais vagarosa por motivos óbvios e por motivos de trâmite regimental”, explica, discordando da suposição de Portinho de que o trabalho da comissão que investiga Dorivaldo Kist (Neco) estaria propositalmente adiantado em relação às comissões que analisam a situações de Nilson e Adelar.

“Por exemplo, o processo que envolve o vereador Nilson está um pouco mais lento porque houve a nulidade na votação da admissibilidade e, por esta razão, o processo vai novamente para votação na sessão desta segunda-feira (ontem, 03). Isso atrasa um pouco o andamento do processo, mas porque precisamos colocá-lo dentro das conformidades legais para que lá na frente não surja nenhuma nulidade. Sei que o processo que envolve o vereador Adelar tem muitos documentos a serem entregues pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público. Então há prazos para cumprir e estamos esperando que os documentos sejam repassados para a Câmara para que a comissão dê seguimento a este processo especificamente. Já o processo contra o vereador Neco é muito mais simples. Não envolve investigação policial, por enquanto, não envolve o Poder Judiciário, também por enquanto, então basta um trâmite dentro da Câmara. Isso faz com que obviamente esteja um pouco mais avançado dos que os demais, que dependem de outros fatores para serem processados”, detalha.

 

 

 

 

População contra a Câmara

Para Arion, as declarações de Portinho têm a finalidade de jogar a população rondonense contra a Câmara e contra as pessoas que trabalham nas comissões. “Volto a dizer que o argumento do vereador foi maldoso e tendencioso. Acho que o que precisamos mostrar à população é exatamente ao contrário e que estas comissões estão fazendo o papel que precisa, o que a comunidade espera e aquilo que o Brasil tanto deseja, conforme mostrou nas últimas eleições, que é apurar as verdades”, salienta.

Proporcionalidade

O presidente da Casa de Leis, Claudio Köhler (PP), complementa rebatendo de que não teria havido proporcionalidade na composição das comissões processantes, comissões permanentes e da mesa diretiva. “Houve proporcionalidade e isso foi respeitado, tanto que vereadores da base do governo, que são do Democratas, estão representados pelo vereador Cleiton Freitag (Gordinho do Suco) e Adriano Backes, o PP está representado através do vereador Adriano Cottica e o MDB por meio do vereador Arion e Josoé Pedralli. Da mesma forma, foi respeitada na formação da mesa diretiva. Ele está equivocado ou talvez não tenha conhecimento em quais partidos os vereadores estão”, menciona.

Arion lembra que o próprio Portinho está em comissões e o vereador Vanderlei Sauer (DEM), aliado do governo municipal, idem. “Existem vereadores de praticamente todos os partidos dentro destas comissões e se estes vereadores pertencem à oposição ou situação, isso não é responsabilidade do partido ou da formação partidária. É responsabilidade do governo municipal e da atual gestão, que diante da situação precária com que vem administrando o município não está contentando os vereadores que representam a população”, analisa.

O Presente