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Policial Marcelo de Arruda

Oito testemunhas foram ouvidas no inquérito que apura a morte do tesoureiro do PT em Foz

Polícia Científica trabalha para concluir o inquérito até a próxima terça-feira (19)

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(Foto: Reprodução)

Oito testemunhas, entre pessoas que estavam no local, e familiares do agente penal federal Jorge José Guaranho, já foram ouvidas no inquérito que apura a morte do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, em Foz do Iguaçu, ocorrida na noite de domingo (10). Arruda era tesoureiro e militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e comemorava o aniversário de 50 anos com a família quando Guaranho, militante do presidente Jair Bolsonaro (PSL) invadiu a festa e atirou contra Arruda.

As informações são da Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Civil do Paraná e foram divulgadas nesta terça-feira (12). Ainda conforme comunicado, a Polícia Científica informou que “trabalha para concluir os laudos necessários com celeridade. Espera-se que o inquérito seja concluído até a próxima terça-feira, 19 de julho”.

Até esta segunda-feira (11), Guaranho estava na enfermaria, aguardando vaga na UTI do hospital. Ele está sob custódia policial. A Polícia Civil do Paraná chegou a declarar que Guaranho também havia morrido, mas a informação foi corrigida na noite de domingo.

De acordo com o boletim médico, ele sofreu traumatismo craniano. Além dos ferimentos causados por três disparos de arma de fogo, Guaranho foi atingido por chutes na cabeça por pelo menos duas pessoas, conforme imagens de câmeras de segurança. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, essas pessoas deverão ser identificadas e responderão pela agressão.

Ontem, Guaranho teve a prisão preventiva decretada. A defesa do agente penal entrou com pedido para que a prisão seja revertida para domiciliar, caso Jorge se recupere dos ferimentos.

Investigação

O secretário de Estado da Segurança Pública, Wagner Mesquita, garantiu na segunda-feira, que a investigação sobre o assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, pelo policial penal federal Jorge José Guaranho, será feita de forma isenta e que não haverá interferência política. Ainda na segunda, a secretaria trocou o comando das investigações substituindo a delegada Iane Cardoso pela chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegada Camila Cecconello.

Relembre o caso

Na noite de sábado (09), a festa de aniversário de Marcelo Arruda ocorreu na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, onde estava decorada com símbolos do PT e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo relatos de testemunhas e registro de câmera de segurança, Guaranho apareceu no local da festa pela primeira vez por volta das 23 horas. Ele chegou a dizer que voltaria e mataria “todos vocês, seus desgraçados”.

Imagens de uma câmera de segurança externa registraram o momento em que Guaranho discute com o tesoureiro do PT.

O aniversariante, ao identificar a ameaça, pegou a própria arma. “O Marcelo falou assim: ‘se esse maluco volta, eu vou pegar minha arma'”, relatou uma testemunha.

Cerca de quinze minutos depois, Guaranho retornou ao local, sozinho, e deu início aos disparos ainda do lado de seu carro.

Com Bem Paraná

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