De olho em Osmar Dias, grupo do PSD deixa as portas abertas ao PDT

Em quatro dias termina o prazo para a realização das convenções partidárias visando escolher candidatos e formar eventuais alianças para a eleição de 07 de outubro. O PSD, partido do pré-candidato a governador Ratinho Junior, realizou o encontro com os convencionais no último dia 21. No entanto, a sigla deixou em aberto algumas questões, como, por exemplo, quem será o candidato a vice-governador e ao Senado.

Para compor a majoritária ao lado de Ratinho, surgiram quatro opções: o presidente licenciado da Federação das Indústrias do Estado (Fiep), Edson Campagnolo (PRB); o presidente licenciado da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Paraná (Fecomércio PR), Darci Piana (PSD); ex-secretário estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara (PSD); e o ex-prefeito de Assis Chateaubriand, Marcel Micheletto (PR).

Em visita à Expo Rondon no domingo (29), Micheletto disse ao Jornal O Presente que dos quatro nomes houve um afunilamento para dois: o dele e de Darci Piana. Sobre a sua condição de pré-candidato, enalteceu: “Quero representar o Oeste, o municipalismo, os prefeitos. Somos a renovação. Acredito nesta nova política, nesta oxigenação com novos personagens políticos. Por isso que está se filtrando e chegando ao fim o período das convenções. Temos ainda essa semana e sobrou meu nome e do Darci Piana. Estou acreditando que podemos avançar muito nisso, ainda mais se o Osmar Dias (PDT) for candidato a governador para que possamos contrapor isso na candidatura do Ratinho tendo alguém do agronegócio em uma região tão forte como é o Oeste paranaense”, declarou.
Questionado se as definições ocorrem somente aos “45 do segundo tempo” ou se acredita que será antes, a liderança do PR informou que ainda acredita em uma conversação. “Há convenções ainda essa semana. Estamos deixando a porta aberta para tentar ter um diálogo com o Osmar Dias para que possa se encaminhar com a gente numa candidatura a senador. As portas estão abertas. O Osmar foi um grande lutador do agronegócio no Congresso Nacional como senador e estamos aguardando para ver se há essa possibilidade de nos unirmos e fazer uma candidatura única e em um turno só”, respondeu.
Micheletto não poupou elogios ao pré-candidato do PDT: “Temos um respeito enorme pelo Osmar. Ele é um homem conhecido, já foi senador e candidato a governador duas vezes. Na política nunca podemos descartar o diálogo para chegarmos ao bem comum. As portas estão abertas, mas vamos respeitar também se o Osmar postular mais uma vez a candidatura a governador. Vida que segue”, resumiu.

Decisão prematura
Micheletto renunciou ao mandato de prefeito para ser candidato ou a vice-governador ou a deputado estadual. Quando perguntado se não foi prematura sua decisão, considerando que ainda tinha boa parte da gestão à frente da Prefeitura de Assis Chateaubriand pela frente, ele lembra que já tinha sido reeleito e em uma candidatura única no município. “Nosso grupo em Assis é muito forte. O agora prefeito (João Aparecido Pegoraro) é um grande amigo que tenho e parceiro que vem dando continuidade aos trabalhos que deixamos na prefeitura. É um projeto maior, para o Estado do Paraná, e um pedido de um grande amigo que é o Ratinho. Achei que era importante colocar nosso nome e o Oeste do Paraná à disposição nas eleições. Não achei uma decisão prematura, até porque as pessoas de Assis estão avalizando essa decisão que tive. A cidade está em expansão e crescimento e nosso prefeito é do meu grupo político e está conduzindo os trabalhos com tranquilidade”, defende.

Projeto político
O ex-prefeito e pré-candidato salienta que se sente honrado em participar do grupo político de Ratinho Junior, o qual objetiva fazer o Paraná inovar e avançar, frisa. “Queremos mudar para melhor, fazer um Paraná diferente. E fico feliz em ter meu nome vinculado e colocado à disposição do meu partido postulando essa pré-candidatura a vice-governador. Acho que o Oeste do Paraná precisa ter esse reconhecimento do Estado por tudo que vem fazendo e pela nossa gente, pelo agronegócio. Meu nome foi postulado numa pré-candidatura a vice-governador. O Ratinho é um grande amigo que tenho, me pediu que pudesse participar desse projeto. Tive a coragem de renunciar ao cargo (de prefeito) para participar disso. Acredito no projeto dele e tenho certeza que é um projeto inovador e competente. O Estado tem uma dívida com o Oeste do Paraná”, declara, acrescentando: “Agora o PR oferece a possibilidade de postularmos uma candidatura a vice-governador na chapa do Ratinho. Fui presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e vice-presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Tenho um contato muito próximo com os prefeitos do Paraná e de uma região do agronegócio, que pode colaborar muito na candidatura do Ratinho. Estou muito feliz e honrado em poder participar deste time”, conclui.

O Presente