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Política ELEIÇÕES 2018

MDB de Temer lança candidatura do ex-banqueiro Henrique Meirelles

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O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido do impopular presidente Michel Temer, lança nesta quinta-feira (02), em Brasília, a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, defensor implacável de cortes nos gastos, para as eleições presidenciais de outubro, que se desenham como as mais indefinidas desde a redemocratização. (Foto: Divulgação)

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido do impopular presidente Michel Temer, lança nesta quinta-feira (02), em Brasília, a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, defensor implacável de cortes nos gastos, para as eleições presidenciais de outubro, que se desenham como as mais indefinidas desde a redemocratização.

Meirelles, de 72 anos, ex-presidente mundial do BankBoston, tem menos de 2% das intenções de voto, mas a campanha do MDB, uma das principais forças do Congresso e com melhor representação territorial, contará com boa parte dos recursos oficiais e tempo de TV para tentar atrair votos e chegar ao segundo turno.

E para tentar também deixar no esquecimento o registro de uma das forças políticas mais afetadas pelos escândalos de corrupção que desde o início da operação ‘Lava Jato, em 2014, encurralou ou levou para a prisão seus principais dirigentes.

O próprio Temer foi alvo de duas acusações, que fizeram minguar sua já magra popularidade e o desestimularam a se candidatar e prolongar um mandato que assumiu em 2016, quando substituiu a presidente Dilma Rousseff, destituída pelo Congresso sob a acusação de manipulação de contas públicas.

Nas redes sociais, Meirelles tenta manter uma distância difícil de Temer e de seus incômodos, mas indispensáveis, padrinhos políticos. Um tuíte enumera suas virtudes: “Não é candidato profissional – Salvou o Brasil de duas crises econômicas – Tem como prioridade garantir emprego para todos”.

É uma forma de lembrar que em 2017, quando era ministro da Fazenda, o Brasil saiu de dois anos de recessão e de que acalmou os temores dos mercados quando em 2003 Luiz Inácio Lula da Silva o colocou à frente do Banco Central, cargo no qual permaneceu durante os dois mandatos do petista, de 2003 a 2010.

Mas difícil de engolir em um país onde seus cortes de gastos se refletem em uma recuperação tímida e que ainda tem 13 milhões de desempregados.

Meirelles tem como adversário direto o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e tem ainda como obstáculo as divisões dentro do próprio partido, cujos líderes negociam apoios à sua reeleição como legisladores ou como governadores, sem levar muito em conta as diretrizes da direção nacional.

Tanto é assim que Temer enviou carta aos filiados do MDB pedindo apoio a Meirelles.

Para Thiago Vidal, cientista político da consultoria Prospectiva, “tendência é que ele tenha pouco apoio partidário e dependa única e exclusivamente de recursos próprios”, que pela lei são limitados.

“Isso, somado à impopularidade do governo federal e do Temer, dificultará um desempenho sustentável do Meirelles”, acrescentou.

 

Sábado de convenções

As convenções partidárias, que se celebram até o próximo fim de semana, são uma etapa-chave nestas eleições que também vão eleger 27 governadores, 513 deputados e dois terços dos 81 senadores.

O Partido dos Trabalhadores (PT) deve lançar no sábado a candidatura de Lula, líder nas pesquisas de intenção de votos, embora a mesma deva ser invalidada devido à sua situação judicial. A Lei da Ficha Limpa invalida a participação em eleições de condenados em segunda instância, como é o caso de Lula, que desde abril cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

No mesmo dia o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) vai oficializar a candidatura de Alckmin e a Rede, a da ambientalista Marina Silva, terceira colocada nas eleições presidenciais de 2010 e 2014.

No peculiar sistema ‘presidencialista de coalizão’, as convenções servem para eleger o candidato ou pactuar alianças para formar uma chapa com o maior número de apoio possível. A ideia também é escolher um candidato a vice-presidente, o que nenhum dos principais candidatos conseguiu até agora.

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), lançou sua candidatura em 22 de julho.

 

Com agências

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