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Silvana Nardello Nasihgil

O que faz o amor acabar de verdade?

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Falando sério, o que faz o amor acabar de verdade?

Não é celulite, o peito que caiu, a falta de músculos definidos, barriga saliente, tensão pré-menstrual (TPM), sorrir para tudo, não saber fazer algo, não ter grandes habilidades, não gostar de beber, cobrar atitudes, compreensão, dedicação e ajuda.

Mas é incompreensão, ciúmes infundados, vigilância extrema, falta de conversa, falta de parceria, de atenção, de cuidado, infantilidade, repetição de assuntos desnecessários, imaturidade emocional, falta de valorização, cobranças infundadas, interferência de terceiros, desejo de ser servido(a), querer que o outro(a) seja igual a você, falta de respeito, gritos, intolerância, falta de amor próprio, incapacidade de se colocar no lugar do outro, falta de tempo, excesso do uso do celular, falta de projetos comuns.

O que acaba com o amor é a falta da capacidade de construir cada dia um pouco do futuro que se quer viver juntos, de olhar um para o outro e falar abertamente dos desejos, sonhos e igualmente daquilo que não está bom e pode mudar.

Quando compreendemos que o amor não acaba unilateralmente paramos de reclamar e começamos a agir. Porque uma relação a dois precisa de movimento. Os dois precisam estar comprometidos verdadeiramente em ficar e fazer dar certo.

Não existe acaso, existe construção. Cada qual deve procurar deixar as coisas que travam a relação e buscar junto com o outro novas atitudes e um novo jeito de fazer dar certo.

Nenhuma relação onde exista amor precisa terminar, apenas é necessário encontrar o caminho. Como se encontra o caminho?

Conversando abertamente e com maturidade sobre tudo, inclusive sobre o que é bom.

Precisamos pensar nas nossas atitudes, sobre o valor que creditamos a nós e no amor que temos por quem somos e o que desejamos viver. Quando a gente sabe o que merece, a gente busca o caminho para criar as parcerias necessárias para uma vida mais leve e feliz.

É infinitamente mais fácil ser feliz do que viver aos trancos e barrancos, deixando a vida por si só escolher o seu curso.

Bora buscar dias mais felizes e uma vida com equilíbrio. Todos entorno agradecerão a paz que esse processo traz e se sentirão confortáveis em olhar e sentir que a vida flui como deve ser.

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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