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Silvana Nardello Nasihgil

Existe vida além daquilo que nos fazer sofrer

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Quando pararmos de esperar respostas daquilo que fazemos e focarmos mais na nossa saúde mental, vamos entender que em muitos lugares que coubemos um dia, já não cabemos mais.

Não adiantar se doar sem reservas, amar sem limites, fazer tudo e mais um pouco para agradar. Cada pessoa sente, pensa e age do seu jeito, e o seu jeito pode não ser o dela.

Quando sentimos que não somos mais prioridade, quando foram feitas todas as tentativas e elas não foram ouvidas ou são desconsideradas, não dá para continuar, seria igual secar gelo. Isso sinaliza a hora de parar, de olharmos para dentro de nós, respirar fundo e necessariamente seguirmos adiante.

Precisamos aprender que existem lugares que por mais que desejamos permanecer, não nos pertencem ou deixaram de pertencer. A insistência em permanecermos onde não cabemos mais fatalmente irá nos adoecer.

Pelo bem da nossa saúde mental e pela própria felicidade, é preciso parar de tentar vestir uma roupa que não serve, mesmo que tenha servido um dia e tenha sido eleita a nossa roupa de gala. Se não serve mais, não poderá ser usada. A consciência disso pode trazer um sofrimento imensurável, mas é necessária para acomodarmos o nosso amor próprio, o autorrespeito, nos colocando no nosso lugar, onde, ao invés de vivermos um sofrimento que parece não ter fim, começaremos o retorno a nos mesmos.

A paz e a felicidade que buscamos não podem estar no outro, elas precisam vir das nossas escolhas, daquilo que decidimos viver e que possa acrescentar força, coragem, determinação e fé aos nossos dias.

Mesmo que pareça muito difícil, o que certamente será, existe vida além daquilo que hoje nos fazer sofrer. Existem caminhos diversos que podem ir muito além de onde já estivemos. Isso é fato e precisamos pensar a respeito, rever nossas atitudes, refazer rotas, parar de vitimismo e agir. A vida é sempre daqui pra frente.

Me lembrei de uma frase clichê, mas extremamente verdadeira: o sol sempre voltará a brilhar mesmo depois da tempestade. Essa é uma grande verdade que esquecemos quando a dor do sofrimento insiste em nos cegar.

Mas o sol voltará a brilhar com certeza!

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

@silnasihgil

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