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Silvana Nardello Nasihgil

Por que esperamos dos outros a salvação do nosso eu?

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Tem gente que sofre com tudo. Sofre pelo que já aconteceu, pelo que está acontecendo e por aquilo que talvez nunca aconteça.

Tem gente em que o padrão de comportamento é ver o mais difícil em tudo. Esse tipo de gente não busca soluções, está presa num vitimismo que não deixa espaço para enxergar além de si. Então, a vida fica embaçada e o sofrimento potencializado.

Diferente de só olhar o lado negativo de tudo, quando escolhemos buscar soluções, direcionamos os nossos pensamentos e energias para as possibilidades de acertos, trabalhamos a nosso favor e certamente encontraremos a saída.

Precisamos refletir sobre a nossa vida, aquilo que vem acontecendo e nos perguntar: até quanto aquilo que eu vivo tem a ver com a minha falta de buscar compreender a vida, de fugir da realidade e da falta de atitudes?

A resposta a essa pergunta poderá nos dar um norte, poderá nos mover a agir a nosso favor.

A zona de conforto onde se encontra a queixa e o vitimismo nos distancia das respostas positivas. Nos faz, inclusive, creditar os nossos infortúnios na conta dos outros.

É necessário tomarmos responsabilidade sobre aquilo que vivemos, com as nossas escolhas e as respostas advindas delas.

Ninguém tem culpa daquilo que escolhemos viver, pois, diante das inúmeras possibilidades que a vida desenha, escolher o pior também é uma escolta.

Somos seres individuais, temos histórias singulares e as nossas particularidades são os detalhes que nos separam ou nos unem dos nossos sonhos e dos outros. Por tantas minúcias que nos fazem únicos, único também deve ser aquilo que escolhemos viver.

Ninguém fará aquilo que é atribuição nossa, ninguém mais do que nós sabe o que tem potencial de nos fazer bem. Então, por que, muitas vezes, esperamos dos outros a salvação do nosso eu?

Uma hora a gente precisa dar um basta nos comportamentos que nos aprisionam, tomar um rumo e, mesmo que algo pareça impossível, arriscar mais, se permitir mais, porque a vida que desejamos pode estar logo ali, além dos muros que criamos para desviar os nossos sonhos, os quais não ousamos escalar por falta de coragem.

 

Silvana Nardello Nasihgil é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

 

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