Estamos nos tornando preguiçosos para educar?

Isso me fez pensar sobre como estará o mundo daqui dez anos.

Somos responsáveis pelos filhos que acompanhamos e ajudamos a crescer, isso é um fato real, não tem como contradizer.

Não podemos esquecer que existem coisas que não caem de moda. Mesmo que restem só dois seres humanos sobre a terra, respeito, educação, gentileza, paciência, tolerância, boa vontade, acolhimento, cautela, benevolência, civilidade, disponibilidade, dignidade e empatia não poderão faltar. A falta do básico para convivermos nos desumaniza, torna a vida difícil de ser vivida e suportada.

Será que estamos nos tornando preguiçosos para educar? Qual desculpa estamos usando para deixar que cada um faça como quiser?

Crianças e adolescentes deveriam ter modelos positivos, baseados nos pais ou educadores, deveriam ter a oportunidade de aprenderem a ser humanos melhores e preparados para dar conta de si e do mundo que os rodeia.

Não criamos filhos para satisfazer nossas fantasias e sonhos, precisamos lembrar que os filhos são o futuro e a continuidade da família e sociedade, que um dia terão a própria família. O que eles terão aprendido que poderão replicar com sucesso?

Enquanto a vida acontece no seu ritmo mais do que acelerado, os pequenos logo serão grandes, serão adultos que sem dúvida desejamos que sejam felizes.

E??? Onde entramos nessa história?

Ter um filho bem criado, preparado para dar conta de si e das demandas futuras, está muito longe de ter todas as suas vontades atendidas. Está muito mais nos limites que precisamos ensinar, em como lidar com as frustrações, no foco das coisas necessárias, na busca saudável pelo desenvolvimento consciente e no amor real.

Onde aprenderão?

Só poderão aprender sendo amados, ouvidos e ensinados, tendo modelos positivos para se espelharem, onde terão espaço para serem acolhidos e respeitados.

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com