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Bancários devem entrar em greve a partir de terça-feira

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Bancários da região votaram a favor da greve em assembleia realizada na quinta-feira (22) em Toledo

 

Bancários de todo o Paraná deverão entrar em greve a partir de terça-feira (27). A decisão foi tomada na noite de quinta-feira (22) durante assembleias realizadas nas bases sindicais de Toledo, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí, Guarapuava, Arapoti, Apucarana, Londrina e Curitiba, de todas as capitais e demais sindicatos de bancários filiados à Contraf-CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.
Profissionais de toda a região, inclusive de Marechal Cândido Rondon, participaram da reunião deliberativa ocorrida em Toledo. De acordo com o secretário do Sindicato dos Bancários de Toledo, Zelário Bremm, e expectativa é de que trabalhadores de todas as agências bancárias da região paralisem as atividades. “Se durante as negociações até lá (terça-feira) não houver uma proposta diferenciada da que foi feita pela Fenabran no último dia 22, a greve deverá ser deflagrada”, pontua.
Em relação à adesão da categoria, ele considera cedo para previsão. “A assembleia é um processo democrático em que todas as pessoas têm condições de colocar a sua opinião. Ela ainda é soberana e quando há deliberação pela greve todos devem aderir”, aponta.

Reivindicação
Os bancários querem reajuste de 12,8% (inflação do período mais aumento real de 5%), maior participação nos lucros, valorização do piso, fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outras reivindicações.
Por outro lado, a Fenaban propôs 0,37% de aumento real com base na inflação medida pelo INPC do IBGE. “Há uma distância bastante grande em relação à reivindicação”, enfatiza Bremm.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, considerou insuficiente a proposta dos bancos de reajuste de apenas 7,8% sobre os salários, a Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio creche/baba, dentre outras).
A categoria ainda requer revisão do piso salarial, dos atuais R$ 1.250 para o valor fixado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como referencial básico para uma família de quatro pessoas, que é de R$ 2.187.

Rejeição
“Os bancos lucraram mais de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, mas fizeram uma proposta com ganho real muito pequeno, não tem valorização do piso, nem elevação da PLR, desrespeitando quem produziu esses resultados gigantescos. Além disso, eles nada ofereceram para gerar empregos e acabar com a rotatividade, muito menos para melhorar efetivamente as condições de saúde, segurança e trabalho”, avalia o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.
Nas reuniões programadas para segunda-feira deverão ser definidos os critérios para a realização da greve dos bancários.

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