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Municípios Mais uma preocupação

Região entra em alerta com epidemia de dengue em meio à pandemia

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(Foto: O Presente)

O uso de máscara e álcool gel se tornou um aliado das pessoas e indispensáveis há um ano, desde que a pandemia de Covid-19 chegou ao Oeste. No entanto, no “kit básico de sobrevivência” é preciso adicionar agora mais um item: o repelente. Isto porque, mais uma vez, a dengue volta a preocupar municípios da região. Os índices de infestação e de casos começam a subir rapidamente, até porque existe a combinação perfeita: calor e chuva. É o suficiente para que o mosquito Aedes aegypti se reproduza se encontrar aquilo que precisa, que é água acumulada.

Ano passado, cidades estavam em epidemia de dengue quando a pandemia foi declarada. Desta vez, no entanto, o cenário é mais crítico, pois os casos de coronavírus sobem dia a dia, lotando hospitais e deixando profissionais de saúde exaustos. E, paralelamente, diariamente aumenta o número de pessoas com suspeitas de dengue que procuram atendimento médico.

Profissionais de saúde chamam atenção para um fato: os sintomas têm algumas semelhanças e, por isso, a triagem do paciente para determinar o tratamento pode ser um pouco mais difícil.

 

DECRETO DE EPIDEMIA

Na área de abrangência da 20ª Regional de Saúde de Toledo existem municípios que já preocupam. Contudo, dois em especial veem a situação se agravar. Santa Helena está por decretar epidemia de dengue. Já Mercedes ocupa hoje um ranking nada bom: é o 8º município do Estado com a situação mais crítica. A incidência de casos levando em conta o número populacional é elevada e, por conta disso, a epidemia já foi decretada na terça-feira (16). “Já estamos tomando todas as providências em relação a isso e solicitamos à Regional de Saúde um veículo de fumacê”, adianta o secretário municipal de Saúde de Mercedes, vice-prefeito Alexandre Graunke, segundo o qual, enquanto o veículo de apoio não é destinado ao município a opção tem sido pela utilização da bomba costal, além das tradicionais visitas domiciliares para eliminar os focos.

Dados atualizados quinta-feira (18) pelo município indicam 39 casos de dengue confirmados, 150 notificados, 24 descartados e 87 em investigação.

Secretário de Saúde de Mercedes, vice-prefeito Alexandre Graunke: “Já estamos tomando todas as providências com relação a isso e solicitamos à Regional de Saúde um veículo de fumacê” (Foto: Maria Cristina Kunzler/OP)

 

APELO

“Pedimos à população que redobre os cuidados. Verifique seu o quintal, sua casa, o terreno baldio, porque com a chuva desta semana recomeça a preocupação com o acúmulo de água. Pedimos que cada um observe, que tome cuidado e, se verificar uma situação, avise no posto de saúde, por meio do telefone (45) 3256-8100. Peça o deslocamento dos fiscais que vamos encaminhá-los para tomar as providências relacionadas a essa questão”, frisa Graunke.

 

TRIAGEM DOS PACIENTES

A equipe de saúde, conforme o secretário mercedense, tem conversado muito para dar o direcionamento correto dos pacientes, tendo em vista os casos de Covid-19 e de dengue. “A nossa equipe está bem alinhada para diferenciar a dengue da Covid-19. Os nossos profissionais conversam bastante para dar o direcionamento correto”, enaltece.

 

DEMANDA CRESCE

De acordo com o vice-prefeito, na última semana aumentou a procura por atendimento, o que demonstra que os casos de dengue não param de crescer. “Tentamos fazer o bloqueio nos casos de dengue, mas está difícil. No entanto, a Secretaria de Saúde está trabalhando para diminuir os números”, afirma.

Mesmo com a situação crítica, ele reforça que o setor de saúde municipal está conseguindo dar conta do número de atendimentos. “O problema é quando o quadro de saúde do paciente se agrava, pois encontramos dificuldade em conseguir leito em hospital. E UTI (unidade de terapia intensiva) nem se fala. O sistema está caótico e complicado. Mas fizemos a aquisição de alguns equipamentos e hoje, em Mercedes, praticamente contamos com duas semi UTIs preparadas para uma necessidade”, informa.

Enquanto o Estado não atende ao pedido do município de Mercedes, em destinar o fumacê, a equipe de saúde tem utilizado a bomba costal (Foto: Divulgação)

 

ARRASTÃO

No mês passado, já foi realizado um arrastão, o qual é considerado por Graunke como bem-sucedido devido à recolha de materiais. Para a última semana deste mês, adianta ele, está programado mais um. “Já era de praxe promover o arrastão e vamos realizar novamente na cidade”, declara.

 

TODO MUNNICÍPIO EM ALERTA

Questionado se tem alguma região do município que preocupa mais em razão dos focos de Aedes aegypti, o secretário de Saúde expõe que a situação é generalizada. “A situação é bem geral, espalhada. São casos aleatórios em diferentes regiões do município. Não há um local específico em que haja maior número de casos”, conclui.

(Artes: O Presente)

 

SANTA HELENA DEVE DECLARAR EPIDEMIA DE DENGUE

Em Santa Helena, a dengue também tem recebido olhares não simpáticos por parte da administração municipal. Prestes a decretar estado de epidemia, o município santa-helenense acumula 109 casos confirmados de dengue no ano epidemiológico 2020/2021. O índice de incidência acumulada, por sua vez, encontra-se em 343,43.

“Encaminhamos a documentação para a Defesa Civil e devemos decretar o estado de epidemia ainda nessa semana, visto que a nossa taxa de incidência caracteriza a infestação”, esclarece a secretária municipal de Saúde, Cristiani Mozer Binko.

Clique e confira a matéria na íntegra. 

 

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