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Policial FRONTEIRA

BPFron celebra seis anos de atuação com números expressivos de apreensões

Destaque está para as 36 toneladas de maconha e 2,7 milhões de pacotes de cigarros apreendidos na fronteira, além da apreensão de anabolizantes, agrotóxicos, veículos e embarcações, crack, cocaína e haxixe

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Criado em junho de 2012 com a missão de coibir diversos crimes, entre eles o contrabando, o descaminho e o tráfico de drogas em toda a faixa fronteiriça do Estado do Paraná, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), unidade especializada da Polícia Militar, comemora neste ano seu 6º aniversário, data que vem coroada com resultados expressivos no âmbito da segurança pública.

Com os trabalhos oficialmente iniciados em julho do ano de criação, o BPFron atua no recobrimento das unidades já instaladas e no apoio a outras forças de segurança pública. A unidade é formada por três companhias, sediadas em Marechal Cândido Rondon, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste, sendo as duas primeiras na fronteira do Brasil com o Paraguai e a terceira na fronteira com a Argentina, ampliando o campo de atuação nos 150 quilômetros da faixa de fronteira e atendendo os 139 municípios que a integram.

Desde sua implantação, a unidade vem realizando diversas apreensões e desenvolvendo intensas operações de fiscalização em toda a região de fronteira, que culminaram em resultados muito positivos. O destaque está para a apreensão de 36 toneladas de maconha, 2,7 milhões de pacotes de cigarros, 28 mil volumes de contrabando, 1.906 veículos, além de 497 armas de fogo e 25 mil munições retiradas de circulação pelas equipes policiais.

Também compõem o balanço de atividades os números referentes aos 336 veículos recuperados, 2.872 pessoas detidas ou encaminhadas às autoridades judiciais competentes e as apreensões de 83 mil unidades de anabolizantes, oito toneladas de agrotóxicos, 178 embarcações, 132 quilos de crack, 157 quilos de cocaína e 152 quilos de haxixe. Além disso, foram cumpridos 495 mandados de prisão e outros 93 de busca e apreensão, número este referente apenas aos anos de 2017 e 2018.

AVALIAÇÃO POSITIVA

Em face das particularidades que compõem uma região fronteiriça, assim como no recobrimento das demandas de segurança pública que recaem sobre as dez unidades da Polícia Militar com a respectiva responsabilidade territorial, o BPFron firma seu compromisso institucional e conquista respeito da população cotidianamente. “Notamos que os investimentos que foram feitos por parte do Governo do Estado e federal trouxeram esses resultados e esperamos que nos próximos anos, até mesmo por conta desse enfoque maior que está havendo para a região de fronteira, que nós consigamos dar um aporte não só de recursos materiais, mas também humanos, e também aperfeiçoar os resultados em prol de toda a sociedade, haja vista que o nosso trabalho acaba refletindo em todo o país”, declara o comandante do BPFron, major André Cristiano Dorecki.

De acordo com ele, os números obtidos ao longo dos seis anos de atuação demonstram que o direcionamento das ações da Polícia Militar está no caminho correto, assim como a troca de informações com outras instituições. “Esses resultados são frutos de uma parceria, então muitos desses números foram obtidos em parceria com a Polícia Federal, Receita Federal, outras unidades da Polícia Militar e Civil e demais forças de segurança que atuam na região de fronteira. Foram trabalhos conjuntos que resultaram nesses números expressivos”, ressalta Dorecki.

O comandante enaltece também os trabalhos realizados pelos integrantes do BPFron. “A efetividade do Batalhão de Polícia de Fronteira se traduz nos resultados das ações e operações que são superados ano após ano, o que podemos ilustrar nas mais de 18 toneladas de entorpecentes apreendidos em 2017, sendo grande parte em conjunto com outras forças de segurança e fiscalização, integração esta que é uma marca da unidade”, destaca.

Comandante do BPFron, major André Cristiano Dorecki: “A efetividade do BPFron se traduz nos resultados das ações e operações que são superados ano após ano, o que podemos ilustrar nas mais de 18 toneladas de entorpecentes apreendidos em 2017, sendo grande parte em conjunto com outras forças de segurança e fiscalização”

TRABALHO PREVENTIVO

Com apreensões e prisões registradas diariamente, Dorecki analisa que toda ação que o BPFron realiza culmina em um trabalho preventivo, por mais que o foco seja repressivo. “Quantos crimes são evitados a partir do momento que determinado produto ilícito deixa de ingressar no país? E isso não somente no âmbito estadual, mas, também, nacional. É algo que nem conseguimos mensurar”, salienta o comandante, que exemplifica: “Basta analisar uma apreensão de 100 ou 200 quilos de maconha. Quantos usuários receberiam esse material, quantos crimes seriam cometidos em virtude do usuário estar sob efeito da droga ou até mesmo para conseguir o entorpecente?”.

Desde sua implantação, a unidade vem realizando diversas apreensões e desenvolvendo intensas operações de fiscalização em toda a região de fronteira, que culminaram em resultados muito positivos, com destaque para a apreensão de 36 toneladas de maconha

MODALIDADES DE POLICIAMENTO

Consolidado como a primeira unidade do gênero no país, o BPFron atua hoje no ambiente aquático e ribeirinho através do Comando de Operações de Busca e Repressão Aquática (Cobra), no ambiente urbano com o Pelotão de Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas (Rocam) e as equipes de policiamento Tático Motorizado, potencializando as ações e os resultados com o Grupamento de Operações com Cães (Canil) e ainda conta com o pelotão de Pronto Emprego em Operações de Choque.

A incorporação de novas modalidades no decorrer dos anos se deve às peculiaridades da região. Segundo Dorecki, cada modalidade de policiamento realizada tem uma finalidade. “Enquanto temos nosso efetivo do Cobra atuando no Lago de Itaipu e Rio Paraná, temos as equipes de patrulhamento tático atuando também nas regiões ribeirinhas, nas áreas rurais e nos grandes centros. A Rocam, por sua vez, é um policiamento mais versátil e pode dar um suporte diferenciado nessa atuação, principalmente nas rodovias que cortam o Estado na faixa de fronteira e nas cidades”, explica.

Ainda que tenha sido criado recentemente, o Grupamento de Operações com Cães apresenta resultados interessantes no trabalho da unidade. “Não conseguimos dizer quantas vezes um cão faz o papel de um policial em uma revista, por exemplo. Ele (cão) consegue, com muita facilidade, detectar drogas e armas que estão ingressando no país de forma ilegal”, comenta o major, acrescentado: “Em outros batalhões da região, nos quais também há o emprego de cães, percebemos que também apresentam resultados muito bons em termos de apreensões”.

Pelotão de Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas (Rocam)

PROBLEMA COMPLEXO

Produto visado na região, Dorecki expõe que o contrabando de cigarro é um problema complexo, principalmente por envolver a questão tributária. “Não podemos comparar a tributação do produto no Paraguai e no Brasil”, diz.

Ele pontua que cabe destacar que o cigarro contrabandeado não passa por nenhuma fiscalização sanitária. “É um produto que tem um potencial de produzir uma mal ainda maior para a saúde do usuário, sem contar a questão da própria pessoa que tem o que chamamos de subcultura, ou seja, de entender essa prática como uma profissão”, enaltece.

O contrabando também é responsável por movimentar uma cadeia de crimes. Exemplo disso são a maioria dos veículos utilizados no transporte de mercadorias contrabandeadas. “Um barco, um motor, um carro que foi roubado e que na ação causou mal a alguém, a uma família, seja no furto, no roubo, cárcere privado ou até mesmo um sequestro”, salienta. “Todos esses crimes estão envolvidos com o contrabando e muitas vezes as pessoas que trabalham nessa atividade não têm esse alcance de que estão praticando um mal para a própria sociedade”, complementa.

Comando de Operações de Busca e Repressão Aquática (C.O.B.R.A)

CRIMINALIDADE AUDACIOSA

Se de um lado as forças policias buscam o aprimoramento das ações, de outro a criminalidade traça meios de burlar a fiscalização. “Hoje nós temos os meios mais variados de se entrar com produtos ilícitos no Brasil, desde embarcações tentando atravessar pelo Lago e Rio Paraná, pessoas transportando em mochilas em ônibus de viagens ou em outros veículos e, inclusive, casos inusitados de flagrantes de drogas sendo transportadas dentro de bicicletas”, comenta Dorecki.

O major também revela que em alguns pontos da faixa de fronteira seca as pessoas realizam o transporte dos ilícitos a pé. Mas também há aqueles que se arriscam um pouco mais ao tentar fazer o transporte através de aeroportos. “Todos esses meios as forças de segurança buscam fiscalizar e inibir a conduta”, finaliza.

Instrução do pelotão de Pronto Emprego em Operações de Choque

Grupamento de Operações com Cães (Canil)

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