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Policial

Criminosos furam bloqueios e aterrorizam BRs 277 e 163

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Giuliano De Luca/O Presente

 

 

O roubo e furto de veículos, o tráfico de drogas e o contrabando de cigarros do Paraguai têm criado um enorme problema para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e para os condutores que utilizam as BRs da região de fronteira com o Paraguai. Contrabandistas furam as barreiras policiais, fogem em alta velocidade e causam perigo, acidentes e mortes.

A prática já é considerada comum pela PRF, especialmente na BR-163, que liga Guaíra à região Norte do país, e na BR-277, que parte de Foz do Iguaçu até o Porto de Paranaguá, cruzando todo o Estado. A maior parte das fugas se concentra nos municípios do Extremo Oeste, conforme o órgão federal de segurança em Foz.

Em 2014, a Polícia Rodoviária Federal em Foz do Iguaçu, que atua em cerca de 100 quilômetros da BR-277, da fronteira até Céu Azul, recuperou 246 veículos roubados ou furtados, 93 deles depois que os motoristas furaram a barreira policial, o que representa quase 40% das apreensões. Desses que furaram as barreiras, 5% estavam carregados com maconha ou outras drogas, 15% estavam com cigarros e o restante (cerca de 20%) furou por outros motivos, por furto ou roubo, por exemplo, revela o policial rodoviário federal Raone Nogueira.

As fugas, cada vez mais comuns, geram grande perigo ao usuário, como conta Nogueira. Durante as fugas, esses condutores são muito agressivos, especialmente quem está com drogas ou cigarros. Muitas vezes são adolescentes ao volante, detalha o agente federal. Percebemos que os fugitivos conduzem com muita imperícia e periculosidade, empregando altas velocidades e realizando manobras bruscas, detalha.

Muitos dos veículos, conforme Nogueira, são jogados contra as viaturas e até contra os próprios patrulheiros que estão desembarcados, nas barreiras. Isso causa um grande risco aos policiais, pontua. A partir disso, inicia a perseguição, denominada pela PRF de acompanhamento tático. Nogueira também explica que as fugas trazem risco aos usuários da rodovia, já que as perseguições podem durar vários quilômetros até que seja feita a abordagem ou que o infrator abandone o carro na tentativa de fuga a pé. Essas fugas causam muito perigo para quem usa a rodovia. A distância que percorremos até interceptar o carro varia muito, mas em média é de 15 a 20 quilômetros, explica. Em todo esse trecho, o suspeito não respeita nenhuma regra de trânsito.

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