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Elio Migliorança

KRONUS

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A melhor época no Brasil foram os primeiros anos do Plano Real, quando melhoraram os indicadores sociais e os juros caíram a níveis inimagináveis. E sabem por quê? O real valia mais que o dólar. Com a queda do dólar os especuladores trataram de vender a moeda americana, e nosso país ficou mais rico porque ficamos com menos papel e mais riquezas. Então ter dólares não é sinal de riqueza? Sim, mas dos norte-americanos. Porque são eles que emitem a moeda e compram a riqueza que quiserem, e os outros países ficam esse tanto mais pobres. É como um rico que emite cheques, aceitos porque ele é rico, e compra o que deseja. Talvez não tenham fundos, e assim mesmo seus cheques são aceitos. Ao contrário, para emitir dólar não há necessidade de fundos, ou seja, de lastro. Lastro até que havia, desde o compromisso de pós-guerra que os americanos assumiram com a comunidade financeira internacional. Mas isso só valeu até 1965, quando resolveram não mais depositar ouro para lastrear a emissão da moeda. E se consideraram tão ricos que acharam que sua riqueza já era um lastro. Se fosse verdade, nós também teríamos o direito de emitir moeda internacional, porque também somos ricos. Até 1965 havia um tripé de sustentação da moeda americana: legal, lastro e confiança. Desde 1965 ficaram apenas dois pés, já que o lastro foi excluído. Agora há a possibilidade de ser arrancado mais um pé – o da confiança, pois com o nascimento do Euro e a atual crise, o dólar não é mais prioridade nos doze países onde o euro é moeda oficial. Estima-se que há em circulação na região do euro algo em torno de três trilhões de dólares, ao certo nem os americanos sabem. O primeiro baque se dará quando os governos europeus deixarem de intervir ao começar a queda do dólar. O segundo baque se dará quando os especuladores, vendo a queda, tentarão se livrar de possíveis prejuízos. O terceiro será aqui no Brasil e no resto do mundo, quando todos quiserem vender dólares e ninguém se dispuser a comprar. Aí haverá muita gente, hoje rica, vendo evaporarem suas fortunas. O terceiro pé, o legal, também cairá, porque só sacy fica de pé com uma só perna. Aí surgirá a verdadeira moeda universal – o Kronus – e que será mais do que uma simples moeda. Será um indexador de todas as outras moedas. Não será moeda circulante e, portanto, não será emitida por nenhum país. Seu valor se manterá fixo, ao passo que todas as outras moedas irão oscilar em torno do Kronus. Todos os países do mundo terão a mesma oportunidade de impor suas moedas locais, fazendo importações e pagando com sua própria moeda. Apenas as cotações irão variar conforme a parcimônia que tiverem na hora de emitir sua própria moeda. Com isso, países que hoje estão sendo escravizados por verem suas dívidas aumentarem terão oportunidades de progredir com mais justiça. Em pouco tempo o Brasil será uma das grandes potências mundiais, uma vez que a dívida externa evaporará com a queda do dólar. E a criatividade, a persistência, o empenho, e o trabalho com esforço vão ser compensados. Neste texto, colaboração direta de José Haroldo Ludewig, de Curitiba.

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