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Pitoco Vem aí o Trade Park 369

Maior condomínio empresarial do Oeste será construído em Cascavel

Projeto espelha seu gigantismo em uma modelagem logística hoje só disponível nas franjas das grandes metrópoles brasileiras, incluindo algo inédito para o interior do Paraná: galpões triplo A, uma exigência das grandes corporações até então indisponível na região

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Já se imaginava que solucionado o nó cego do Trevo Cataratas, uma demanda de décadas, a região no entorno receberia um impulso econômico forte. Afinal, ali está um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, com fluxos acima de 40 mil veículos por dia, neste entremeio, milhares de caminhões. Soma-se a isso a maior concessão rodoviária em curso na América Latina, das rodovias paranaenses, que irá suprir com pistas duplas as rodovias 369 e 277.

A região também está projetada para receber alças do contorno Norte, que irá produzir um anel rodoviário na cidade, conectando-se ao Contorno Oeste, já em fase final de duplicação.

Entra neste contexto o entroncamento ferroviário desenhado a partir da privatização da Ferroeste com a consequente expansão de ramais para Chapecó, Mato Grosso do Sul e tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu.

Portanto, já se pode falar em poderoso hub rodo-ferroviário capaz de irradiar riquezas por todo seu entorno, notadamente no segmento logístico.

Foi essa janela de oportunidade que jovens e promissores empreendedores de Cascavel enxergaram nas margens da BR-369, rodovia que recebe o fluxo de cargas do Estado mais rico do país, São Paulo, responsável por um em cada três reais do PIB brasileiro. Ali está sendo edificada uma obra da dimensão em que aquele quadrante se transformou: o Trade Park 369 – Condomínio Empresarial.

Com 145 mil metros quadrados, o projeto espelha seu gigantismo em uma modelagem logística hoje só disponível nas franjas das grandes metrópoles brasileiras, incluindo algo inédito para o interior do Paraná: galpões triplo A, uma exigência das grandes corporações até então indisponível na região.

Novos players da construção civil e incorporação de Cascavel, Natuani Costa e Raquel Schneider, da Construtora Schneider & Costa, uniram forças com os sócios-proprietários Douglas Popenga, Fabiana Scanagatta Popenga e João Scanagatta, da We Incorporadora, em parceria com o empresário Edson Casagrande, cujo empreendimento irá abrigar o mega investimento que chega a um quarto de bilhão.

O consórcio formado está cimentado e fundado nas bases sólidas da credibilidade nos empreendimentos já entregues, como o Trade Park instalado em Balneario Camboriú, sucesso de vendas e locação, que seja replicado em Cascavel.

Com as primeiras unidades entregues em 24 meses a partir do fechamento do contrato, o Trade Park 369 já foi procurado por clientes interessados em locar espaço de galpão; um deles é uma grande corporação que busca por 17 mil metros quadrados. Ou seja, não será preciso instigar a demanda. A demanda já existe.

Os empreendedores vão executar um projeto audacioso que tem um espelho próximo da regiao portuária de Santa Catarina, testado e aprovado pelos principais players logísticos nacionais e internacionais. Tem tudo para dar certo.

Confira o que diz sobre o empreendimento o empresário Natuani Costa:

HUB RODOVIÁRIO

Estávamos planejando realizar um centro de logística quando surgiu um terreno amplo e estrategicamente bem posicionado na BR-369, a 2 mil metros do Trevo Cataratas, um dos maiores hubs logísticos rodoviários do Brasil. Nos propusemos então a elaborar um ambicioso projeto de condomínio empresarial. No caminhar do projeto, surgiu o pessoal do Tradepark, iniciativa muito bem-sucedida em Santa Catarina, no municipio de Balneário Camboriú. Lá eles implementaram um centro logístico na entrada da cidade. Esse pessoal agregou ao nosso projeto todo o know how e experiência para replicar o sucesso daquele empreedimento aqui em Cascavel.

Perspectiva arquitetônica do condomínio que já nasce demandado por grandes corporações logísticas, localizado na BR 369 imediações de um dos maiores entroncamentos rodoviários do país

EDIFÍCIO CORPORATIVO

O projeto terá um prédio empresarial com dez lajes integradas aos barracões modulados. Os dois podem ser independentes: você pode alugar um escritório no edifício corporativo sem fazer uso de um galpão e vice-versa. O espaço permite uma sinergia entre negócios ali estabelecidos. O prédio corporativo pode admitir empresas de todos os tamanhos e áreas de atuação, uma vez que oferece salas privativas a partir de 47 até 490m², com auditório e muitas áreas compartilhadas. No primeiro andar, há diferentes salas de reuniões e toda uma área de coworking. Também teremos um restaurante com capacidade de atender mil pessoas simultaneamente. As locações e receitas advindas destes espaços irão reduzir o valor do condomínio para os locatários dos escritórios e/ou galpões.

MERCADO DEMANDANDO

Antes mesmo de lançar o projeto já temos clientes contratados. São empresas que irão operar 24 horas por dia já que a modelagem do Trade Park 369 foi desenhada também para permitir operações desta natureza. Temos uma empresa contratando 17 mil metros quadrados e outra para outros 7 mil metros. Dispomos de espaço para diferentes necessidades, afinal são 145 mil metros quadrados totais de área. Os barracões são modulados de 1.000 e 2.600m² e poderão ser geminados para obter uma área maior, ou seja, toda flexibilidade que o mundo dos negócios exige. E um diferencial importante: teremos galpões com a classificação Triple A, únicos na cidade, com pé direito de 12 metros de altura, piso nivelado a laser com resistência de 6 toneladas por metro quadrado, sistema de docas para carga e descarga, mezanino, algo exigido pelas grandes corporações e não disponível aqui na região.

Natuani Costa e Douglas Popenga: parceria que une experiência na execução com case de sucesso em Santa Catarina

POR QUE CASCAVEL

Cascavel me recebeu muito bem quando vim cursar faculdade aqui. É uma cidade com muitas possibilidades de expansão e seu perímetro urbano está longe de encostar em seus limites municipais. Está situada em uma região estratégica, uma rota importante que liga o Brasil a vários outros países e importantes centros de consumo. E o grande mercado ainda inexplorado na cidade é o de condomínios empresariais.

POR QUE CONDOMÍNIO

Embora Cascavel seja um centro logístico importante, menor apenas que a região metropolitana de Curitiba, o modelo vigente aqui é cada empresa ter o seu galpão isolado. Por que tal solução não é ideal? Porque eleva os custos de operação. Em um condominio desenhado especificamente para atender essa área, como Trade Park, os custos de manutenção, segurança e similares são fracionados, tornando o custo operacional muito menor para todos. Temos estudos muito consistentes que apontam a seguinte conta: um galpão isolado gasta aproximadamente de 8 a 10 reais por metro quadrado. Em condomínio, o custo estimado é de 1,30 a 1,50. E não haverá lotes para especulação, entregamos os galpões prontos.

“Embora Cascavel seja um centro logístico importante, menor apenas que a região metropolitana de Curitiba, o modelo vigente aqui é cada empresa ter o seu galpão isolado. Por que tal solução não é ideal? Porque eleva os custos de operação.”

Prédio corporativo que permite sinergias empresariais e joga para baixo os custo do condomínio

CLIENTES POTENCIAIS

Sim, o segmento agro é potencial cliente na cadeia secundária, a de distribuição. Nossa ideia é trazer produtos já industrializados, para entrar com um caminhão grande no complexo e sair com seus produtos em um veículo menor para distribuição ao varejo. Para tanto, teremos uma área frigorificada para receber produtos industrializados de empresas de fora da cidade.

TREVO CATARATAS

Empresas de São Paulo ou Curitiba, grandes centros de distribuição primária, acessam o Trevo Cataratas pela rodovia 369. Todo esse fluxo gigantesco passa na frente do condomínio. O trevo melhorou muito, ganhou fluidez. Especificamente na rodovia 369 as condições de fluxo estão mais otimizadas que a BR 277 ou qualquer outra, pois essas vias foram “engolidas” pelo perímetro urbano da cidade gerando lentidão no tráfego de caminhões. Por essa razão as transportadoras já estão se estabelecendo na BR-369. Isso foi determinante para escolhermos essa rodovia para o condomínio.

SUSTENTABILIDADE

Além do básico da sustentabilidade – captação de água da chuva com respectivo reaproveitamento, iluminação natural e energia solar – reservamos uma vasta área de preservação e tomamos um cuidado especial com a poluição sonora para não prejudicar a vizinhança e garantir mais conforto aos condôminos. A otimização e a agregação de vários produtos e serviços dentro de um mesmo complexo, reduz a necessidade de transporte até o local, como é o caso do refeitório para mil pessoas, que também contribui para a sustentabilidade evitando centenas de deslocamentos diários.

POSTOS DE TRABALHO

Podemos absorver tranquilamente entre 2 mil a 3 mil empregos diretos, já que teremos indústrias como clientes, e elas geram mais empregos que outros setores da economia. Todos os serviços ofertados aos condôminos, como vigilância 24 horas, exigem três turnos de colaboradores em revezamento, fator que também amplia o números de postos de trabalho e distribui oportunidade para muitos trabalhadores. Esse volume de recursos humanos necessários para rodar o condomínio, se retroalimenta com os negócios estabelecidos no prédio corporativo, produzindo sinergia de negócios onde todos ganham.

Douglas Popenga e Natuani Costa

Douglas Popenga percebe metamorfose no atacado

Investidor tarimbado, embora jovem, Douglas Popenga discorre sobre a viabilidade do negócio e aponta o retorno do investimento, ao destacar a explosão de vendas pela internet e a percepção dos bancos sobre a imobilização de ativos financeiros. Acompanhe os pontos destacados por Popenga:

METAMORFOSE COMERCIAL

Os principais fundos imobiliários estão de olho na logística. O comércio está em plena metamorfose, os atacadões estão fechando, as compras on-line em plataformas como o Mercado Livre estão dominando as vendas e isso vai exigir cada vez mais capacidade logística fluída de armazenamento em barracões especialmente projetados para operações desta natureza. Essa demanda vai muito além do Mercado Livre e derivados, incluindo aí mercadorias como peças para o setor automotivo e uma infinidade de outros negócios.

EXEMPLO DOS BANCOS

Sim, os bancos, que sabem lidar com o capital como nenhum um outro setor, perceberam há anos a inviabilidade financeira de imobilizar dinheiro em pontos físicos. Em todos os setores da economia, empresas desaceleram investimento em sedes próprias. Por essa razão as grandes corporações, as mais bem-sucedidas, preferem locar a imobilizar capital. E os investidores individuais percebem essa movimentação no mercado como um investimento seguro, e estão investindo em galpões dentro de condomínios, considerado um excelente negócio.

FRAÇÃO E COTAS POR METRO

A venda fracionada é uma realidade neste mercado. Vamos abrir o leque para atingir investidores que não desejam aportar montantes elevados, que poderão participar do projeto em frações bastante rentáveis. O retorno financeiro será gerido por uma equipe altamente especializada no segmento e eventuais vacâncias é absorvida por todos. Em lotes de 10 mil metros, investidores poderão comprar um grupo de cotas e a vacância é dividida entre todos os investidores, que entram como sócios ocultos: participam no quadro societário mas não na administração. Além do retorno mensal, a valorização do imóvel também valoriza suas cotas.

JUROS ALTOS X LOCAÇÃO

Há uma pressão forte para baixar juros e em algum momento, talvez até de curto prazo, isso vai acontecer, remunerando menos as aplicações financeiras. Sempre ouço a conversa de que o juro está alto, argumento que fragiliza o mercado de locação. Essa análise desconsidera uma pergunta: quanto valoriza um imóvel em uma cidade que se agiganta todo dia como Cascavel? Essa perspectiva remunera muito mais que um retorno imediatista. A taxa Selic está acima de 13%, mas tirando a inflação da conta sobra pouco. A posse de um imóvel absorve a inflação com sua valorização e o reajuste de seu aluguel. Resumindo, um imóvel altamente locável, como do Trade Park terá retorno sobre o investimento igual ou acima da remuneração ofertada na aplicação financeira.

INVESTIMENTO E RETORNO

O principal atrativo para o investidor ou locador de um condomínio é o custo operacional otimizado com previsibilidade. O condomínio oferece em seu próprio escopo a possibilidade da expansão. Nosso perfil, com base na experiência muito bem sucedida de Santa Catarina, será de indústria leve, armazenagem e logística. Uma empresa menor pode ser admitida e prosperar, porém o desenho do condomínio é para grandes empresas de expressivos volumes como mostram também outras experiências exitosas em São Paulo que fomos conhecer. Estamos trazendo para cá as melhores experiências, foram anos de estudos. Não temos dúvida que investidores e clientes estarão no melhor lugar, no melhor momento.

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11 minutos do 2º tempo

Fiz 56 no último dia 13. Estou no 11º minuto da etapa complementar. Já levei advertências por faltas e até alguns cartões amarelos (não por suborno de apostador)

É vívida minha recordação do texto que escrevi ao completar 45 anos de idade. Em uma analogia futebolística, cravei ali que o primeiro tempo do jogo estava jogado.

Em uma perspectiva bastante otimista, reconheço, vislumbrei jogar até o minuto 90, quem sabe, com muita sorte, uma prorrogação, até que nas penalidades fosse eliminado definitivamente. Sim, na minha concepção só resta o nada absoluto após a morte, a várzea infinita da inexistência.

Por essa conta – em que cada minuto do jogo de futebol corresponde a um ano do jogo da vida meu pai partiu aos 34 minutos do segundo tempo, minha esposa aos 10 minutos da etapa final… é, havia muito jogo da vida pela frente, falta dura na minha companheirinha de 31 anos de parceria imperfeita, como, de resto, quase todas são.

Fiz 56 no último dia 13. Estou no 11º minuto da etapa complementar. Já levei algumas advertências por faltas, e até alguns cartões amarelos (não por suborno de apostador, por favor…). O vermelho eu espero para a prorrogação, quando a finitude me enviar para o chuveiro – provavelmente de águas escaldantes em um lugar bem quente. Até lá levarei e darei mais algumas caneladas, boladas na cara, quem sabe umas entradas maldosas e talvez até momentos solitários e reflexivos no banco de reservas.

Neste jogo de final inexorável, evite criar expectativa de aplausos da torcida. O juiz não repousa sobre uma nuvem ostentando vasta barba branca ditando as regras e punindo jogadores. Esse árbitro imaginário que povoa a mente de muitos é misericordioso, perdoa até o carrinho no tornozelo mediante sincero arrependimento do faltoso.

Na vida real, que não escala amiguinhos imaginários piedosos, o cartão vermelho, a penalidade máxima, irá surgir aleatória, em trecho do campo e minuto do jogo incertos e não sabidos, ao sabor da sorte/azar genético ou acidental, exatamente como faz o morrinho artilheiro ao desviar o curso natural da bola.

Fanático pelo tricolor das Laranjeiras, o dramático e exagerado Nelson Rodrigues dizia: “Se o Fluminense jogasse no céu, eu morreria para vê-lo jogar”. Por entender que o único vestígio sapiens no céu é cocô de astronauta e gases tóxicos exarados de nossa ação predatória na Terra, prefiro trabalhar com a hipótese de que o jogo é jogado aqui. E que a frase que vale mesmo na sorte incerta dos tempos é essa: “relaxe, nada está sob controle”. Nem a bola, nem a bolada, nem o apito final…

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70 anos colorado!

O presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña: vitória folgada

Acordo de Itaipu e relação com a China serão pontos de destaque do novo governo; “Bolsonaro Xiru”, que falou em matar 100 mil brasileiros bandidos, surpreende

Christopher Mendonça – professor de Relações Internacionais do Ibmec-BH

Importantes analistas políticos que conhecem de perto a dinâmica eleitoral no Paraguai defenderam que o pleito presidencial de 2023 seria muito acirrado. Levantamentos apresentados por diversos institutos de pesquisa colocavam em dúvida se o Partido Colorado permaneceria no poder por mais cinco anos, mantendo uma hegemonia de sete décadas, ou se deixaria uma janela de oportunidade para outro grupo político.

Com os votos contabilizados pela autoridade eleitoral do país, o resultado final está definido: com uma vitória folgada, de mais de 15 pontos percentuais de vantagem, o representante do Partido Colorado, Santiago Peña, será o governante de todos os paraguaios a partir de agosto.

Peña venceu um grupo bastante heterogêneo – o Concertación Nacional -, que tinha como candidato o ex-deputado federal paraguaio Efraín Alegre. Ao alcançar o direito de ocupar o Palácio López – a sede da Presidência do país -, o conservador que já foi ministro da Economia sela a grande capacidade do seu partido em vitórias nacionais.

O DITADOR ALFREDO

O Partido Colorado teve como um de seus principais expoentes o ditador Alfredo Stroessner, que governou o Paraguai por quase 35 anos, figurando como um dos mais longevos governantes de toda a América Latina. A partir de 1989, quando a democracia retornou ao cotidiano paraguaio, o mesmo partido venceu todas as eleições, com exceção da vitória do presidente Lugo, que governou o país entre 2008 e 2012 e foi impedido de continuar o seu mandato por decisão do Legislativo.

Embora o novo presidente seja considerado um político sem grande experiência administrativa, é sabida a sua forte ligação com o ex-presidente Horácio Cartes, que governou o país entre 2013 e 2018 e foi considerado como um nome controverso, em razão de vários escândalos políticos e econômicos envolvendo a sua atuação no país. Diante das críticas apresentadas nas últimas semanas, que poderiam ser vantajosas para os seus adversários, Peña buscou apresentar-se como um candidato independente de seu principal apoiador. Dono de um discurso bastante conservador, o novo presidente enfrentará um contexto bastante difícil de ser contornado. A economia paraguaia apresentou, nos últimos anos, resultados que colocam as autoridades do país em um estado de muita preocupação. A população sofre com tão negativos índices econômicos.

“BOLSONARO XIRU”

É importante ressaltar que, embora tenha sido vencido na corrida eleitoral de 30 de abril de 2023, o líder de direita Payo Cubas (Cruzada Nacional) também colocou-se como um candidato que ultrapassou todas as expectativas.

Apresentando-se como um representante antissistema, Cubas foi, em algumas circunstâncias, comparado a Donald Trump e ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Ao conquistar 23% dos votos válidos, o candidato acendeu o alerta de que a extrema direita não está sufocada na América Latina e que há chances de ampliar a polarização política no país nos próximos anos.

Ademais evidenciam-se dois pontos muito relevantes da política exterior paraguaia que serão tópicos de decisão do novo presidente. O primeiro deles refere-se à reconfiguração do tratado assinado em 1973 entre o Brasil e o Paraguai referente à usina de Itaipu. Peña deverá negociar novos termos do acordo com o presidente Lula, que foi, inclusive, um dos primeiros a parabenizar o candidato por sua vitória.

O segundo tópico diz respeito à posição paraguaia de ser o único país da América do Sul a legitimar as demandas de Taiwan, posicionando-se contra a dominação da ilha pelos chineses. Com Peña, essa decisão deve ser mantida, podendo atrapalhar os fluxos comerciais da China com paraguaios e demais parceiros comerciais.

“MATAR 100 MIL BRASILEIROS!”

Em 2019, o candidato derrotado da extrema direita Payo Cubas teve o mandato cassado após agredir um policial e ficou conhecido no Brasil por uma declaração em que prometeu matar “100 mil brasileiros bandidos” que estariam no país.

O caso foi gravado e, nas imagens, que circulam até hoje, Cubas é visto abordando policiais que faziam uma apreensão de madeira cortada ilegalmente na fazenda de um brasileiro na cidade de Minga Porã, no Alto Paraná, perto da fronteira com o Brasil.

“Bandidos brasileiros, bandidos! Invasores! Agora estão desflorestando o país”, diz Cubas. Sabem quantos brasileiros tem no nosso país? Dois milhões. Desses, 100 mil são bandidos e tem de morrer.”

Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente

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