Pitoco
Oreste, 71 anos, a figurinha rara
Veterano de cromos na Copa do Mundo, ele é o cara certo para completar o seu álbum
Dizia Fernando Sabino: “Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam: o que você quer ser quando crescer? Hoje não perguntam mais. Se perguntassem, eu diria que quero ser menino”.
Oreste Sochodolak é um menino de 71 anos. Ele estreou no Pitoco ainda na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, vendendo figurinhas. Oreste é uma figura rara. Atuou décadas no almoxarifado da Copel até se aposentar, 20 anos atrás. “Se eu tivesse parado, já estaria morto. Trabalhar com figurinhas anima a gente. Meus colegas que se aposentaram, deitaram e engordaram, já morreram todos. Alguns foram para o jogo, para a bebida. Eu sempre acho alguma coisa para fazer”, disse o figura.
Oreste é penta. Trata-se da quinta Copa do Mundo em que é possível vê-lo em frente ao Marista, ao Clube Comercial ou à Banca do Edson trocando e vendendo figurinhas. Ao longo dos anos criou laços no Brasil inteiro com outros cromistas. “Temos grupos em São Paulo, Rio de Janeiro, Nordeste…”, explica ele.
A capilarização nacional do Oreste foi acidental. Em uma das copas o Brasil foi eliminado cedo. Então as crianças se desencantaram com o torneio. Oreste encalhou dez mil figurinhas no estoque. O jeito foi liquidar o estoque na internet. Assim recuperou
parte do prejuízo.
“Nem todos entendem meu trabalho, impedem que eu fique na frente da porta de estabelecimento. Mas tenho alvará, está tudo legalizado. Só quero trabalhar”, disse.
No último domingo (21) o Pitoco reencontrou o figurinha carimbada casualmente. Foi na Feira do Teatro. Oreste passava de mesa em mesa entregando um “santinho”. No caso, um pedaço de papel com o zap dele avisando que estava por perto, completando álbuns de figurinhas.
Oreste não tem “s” no final. É singular. É figuraça!
É o amor!
São muitos os empreendimentos imobiliários “brotando” em Cascavel ao mesmo tempo, apesar das incertezas lançadas ao vento pela economia cambaleante e a tensão eleitoral.
Ao inaugurar a reconfiguração do Muffato da região Norte de supermercado para “atacarejo”, na quarta-feira (24), o empresário Everton Muffato disse que o mercado (entendido aqui como conjunto de agentes econômicos) já precificou o resultado da eleição, ganhe quem ganhar.
Também parece ser essa a leitura do sertanejo Zezé di Camargo (da dupla com Luciano). Em sociedade com o cascavelense Wagner Machado, Zezé acaba de adquirir uma área de 30 alqueires às margens do Trevo Cataratas, em Cascavel.
Ali será edificado um condomínio horizontal de alto padrão. O nome da incorporadora do
cantor não poderia ser outro: “É o amor”, em alusão ao hit da dupla.
Cascavel será a primeira a receber um empreendimento da “É o amor”. Será por amor sim, e por dinheiro.
A propósito, o filho de Francisco dá show em Cascavel nesta sexta-feira (26), no Tuiuti.
Por Jairo Eduardo. Ele é jornalista, editor do Pitoco e assina essa coluna semanalmente no Jornal O Presente
