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Silvana Nardello Nasihgil

Cuidado com a bolha da falta de responsabilidade emocional e pessoal

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Silvana Nasihgil

Muitas vezes, vivemos presos na bolha de problemas que nós mesmos criamos. Envolvemos Deus e o mundo para termos respostas que não sejam a nossa responsabilidade.

A vida não para, então vamos levando tudo de qualquer jeito. Colocamos a inteligência emocional numa gaveta e trancamos a chave. E lá vamos… reclamando, exigindo, cobrando, como se o mundo e as pessoas ao nosso entorno tivessem a obrigação de nos fazer feliz.

Criamos expectativas sobre tudo e todos e ao menor descontento entra a destemperança. Muita gente sabota, outros gritam, ofendem, desrespeitam e cobram preços tão altos que ninguém terá como pagar.

Esse padrão de comportamento é o maior aliado do afastamento físico e da desconstrução dos laços afetivos. 

Aí eu pergunto: qual a obrigação e responsabilidade dos outros sobre a busca pela felicidade e o desequilíbrio de alguém?

Esse é um processo pessoal onde ficam os que cabem e se deixa ir quem não deseja ficar.

Precisamos aprender a olhar para nós, para o caos interior que criamos ou que permitimos ser criado e, ao invés de reclamar de tudo, buscarmos as soluções.

Porque, convenhamos, é extremamente difícil conviver com pessoa para quem tudo é peso, pessoas que esquecem as suas responsabilidades e sempre tem o dedo apontado para o outro, buscando culpabiliza-lo por aquilo que não dá conta.

Quem escolheu viver em par precisa prestar atenção nesse padrão dos “mimimis”. Não é porque alguém resolveu estar ao nosso lado que irá permanecer para sempre. Pares não são parentes, não tem consanguinidade e podem perfeitamente encontrar alguém que esteja disposto realmente a caminhar lado a lado.

Portanto, precisamos sempre rever os nossos comportamentos, buscarmos saber dos outros como eles nos enxergam, tentar de todas as formas ajustar o que não está a contento e criar comprometimento. Ninguém é obrigado a conviver com gente “mimizenta” que passa a vida cobrando e se queixando.

Tudo tem limite e não podemos esquecer que uma hora a conta chega, e vivendo na bolha da falta de responsabilidade emocional e pessoal, o susto pode ser grande.

Pra gente pensar!

Por Silvana Nardello Nasihgil. Ela é psicóloga clínica com formação em terapia de casal e familiar (CRP – 08/21393)

silnn.adv@gmail.com

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