Geral Menor percentual desde 2014
Crimes de corrupção perdem espaço nos órgãos de investigação, afirma Coaf
Os órgãos de investigação fizeram o menor percentual de demandas sobre corrupção na comparação com outros temas desde 2014, de acordo com os Registros do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf).
Com o atual governo Bolsonaro, desde janeiro de 2019, os pedidos de intercâmbio de informações sobre corrupção perderam espaço para tráfico de drogas. Os pedidos foram computados da Polícia Federal, Receita, Controladoria-Geral da União e Ministério Público.
Segundo o levantamento, pedidos relacionados ao Coaf sobre o tema durante a gestão do presidente Michel Temer eram de 28,6% do total. Já no ano passado, 17,5%. Esta é a primeira vez que o órgão não teve a corrupção como tema principal das investigações.
Durante a pandemia da Covid-19, os grandes esquemas envolvendo autoridades do Executivo Federal e parlamentares do Congresso ficaram em segundo plano com as ações que visavam desvio de verbas para prefeituras e governos estaduais relacionados ao combate à doença no Brasil.
Além disso, o atual governo é alvo de denúncias sobre interferência na Polícia Federal e nas atividades de órgão de investigação, como Coaf. Um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga suspeita de interferência de Jair Bolsonaro no comando da corporação e do senador Flávio Bolsonaro, o filho mais velho, ser parte do esquema de rachadinha na Assembleia do Rio de Janeiro.
Com Cultura