Fale com a gente

Marechal Situação preocupante

20ª Regional registra 21 casos de dengue; Rondon tem um caso confirmado

Publicado

em

Para o chefe da 20ª Regional, situação é preocupante. Ao todo, já são 243 notificações; apenas três municípios não tiveram registros até o momento (Foto: Arquivo/OP)

Bastaram semanas de calor e chuvas esporádicas para uma antiga vilã da comunidade ressurgir: a dengue. No ano epidemiológico vigente, que começou em agosto, a 20ª Regional de Saúde já tem 243 casos notificados por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e 21 casos da doença confirmados.

O chefe da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Alberi Locatelli, diz que, apesar de os números não serem expressivos no momento, a dengue é uma enfermidade séria e precisa ser tratada como tal para evitar maiores complicações. “É preocupante e precisamos dar atenção para que não se entre em estado epidêmico, porque viemos de um ano com mais dengue na região, com muitos casos e óbitos”, ressaltou ao O Presente.

Chefe da 20ª Regional de Saúde, Alberi Locatelli: “É preocupante e precisamos dar atenção para que não se entre em estado epidêmico, porque viemos de um ano com mais dengue na região, com muitos casos e óbitos” (Foto: Divulgação)

 

MUNICÍPIOS

De acordo com relatório, emitido na última quinta-feira (29), o município com mais casos confirmados na Regional de Toledo é Assis Chateaubriand, com cinco positivos para dengue, seguido por Guaíra, com quatro casos confirmados, e Terra Roxa, com dois testes positivos. Nove municípios da Regional têm um caso confirmado da doença, sendo Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes, Sana Helena, Toledo e Tupãssi.

O município que mais apresentou notificações de dengue foi Assis Chateaubriand (66), seguido por Toledo (52) e Palotina (27). Em três municípios da 20ª Regional de Saúde – Mercedes, Nova Santa Rosa e São José das Palmeiras – não ocorreram notificações até o momento.

A maior incidência por 100 mil habitantes da região é no município de Ouro Verde do Oeste, com 16,74, seguido por Assis Chateaubriand (14,97) e Tupãssi (12,30).

O ano epidemiológico 2020/2021 corresponde ao período de agosto de 2020 a julho de 2021; hoje (03) estamos na 45ª semana epidemiológica. Contudo, os dados dizem respeito à 44ª semana, atualizados quinta-feira.

Agentes do Setor de Endemias encontram focos do mosquito Aedes aegypti diariamente em Marechal Rondon (Foto: Arquivo/OP)

 

DENGUE X COVID-19

Conforme o chefe da 20ª Regional de Saúde, o avanço da dengue é sinal vermelho ainda mais durante um ano pandêmico. “Com relação ao coronavírus, a dengue é um fator complicado, pois muitos de seus sintomas são idênticos, o que dificulta no diagnóstico”, expõe.

 

CONSCIENTIZAÇÃO

Locatelli comenta que mesmo sem longos períodos de chuva a comunidade precisa ficar alerta para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Estamos vivendo uma estiagem, mas a chuva chega com intensidade ocasionalmente e os ovos começam a nascer”, afirma.

Segundo ele, a conscientização popular é a melhor alternativa para combater a dengue. “Pedimos a colaboração da população no sentido de fazer esse cuidado nos próprios quintais e divulgar a importância de todos tomarem essa atitude para que não tenhamos números como os do ano passado”, frisa.

 

DIARIAMENTE

Em Marechal Rondon, conforme o Setor de Endemias, são constantes os focos de Aedes no município. “Encontramos focos da dengue quase diariamente. Não há uma região com maior número de registros, mas em toda a cidade são encontrados lugares com ovos do mosquito”, relata a equipe.

Ao comparar com o ano passado, quando o município viveu uma epidemia, os agentes municipais afirmam que os focos surgem no mesmo potencial que outrora. “A gente se preocupa muito com as altas temperaturas. Além disso, chegando o final de ano, a preocupação das pessoas muda e o cuidado é deixado de lado. É preciso verificar e não deixar nada que possa acumular água, porque um dia chove, no outro há sol e isso favorece muito na proliferação do mosquito”, alertam.

 

LOCAIS DOS FOCOS

Segundo informações do Setor de Endemias, os principais locais em que são encontrados focos de Aedes aegypti são em reservatórios de água e “cantinhos da bagunça”. “Em caso de cisternas, é preciso vedar para que não haja espaço para o mosquito adentrar. Outra problemática são os inservíveis, aquele fundo de quintal com coisas acumuladas. Muitas vezes a chuva bate e a água se acumula, sem a pessoa nem perceber”, constatam os agentes, que mesmo durante a pandemia trabalham na vistoria das residências, com os cuidados cabíveis.

Ralos e canos são outros locais onde frequentemente são encontrados focos do mosquito. “Quando um ralo é inutilizado, precisa ser vedado para evitar essa situação. Aqueles canos que levam a água das calhas para o asfalto também são um problema quando em desnível, pois acumulam água escondida em seu interior”, apontam, orientando que o munícipe conserte o nível ou utilize cal virgem para evitar proliferação.

(Arte: O Presente)

 

PARANÁ

O último boletim quinzenal da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná – dia 20 de outubro – apontava 848 casos da doença, 107 casos a mais que o informe anterior.

Os casos confirmados de dengue atingem 126 municípios no Estado; em 111 os casos são autóctones, ou seja, a infecção pelo vírus da dengue ocorreu na cidade de residência. Também já foram confirmados três óbitos por causa da doença.

O Paraná tem 6.490 notificações para a dengue que ocorreram em 277 municípios.

 

O Presente

Clique aqui e participe do nosso grupo no WhatsApp

Copyright © 2017 O Presente