Vereadores cobram mais médicos no atendimento de pediatria na saúde rondonense

A Comissão de Educação, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia do Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon promoveu, na tarde de quarta-feira (29), audiência pública para prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde, referente ao primeiro quadrimestre de 2019. Neste período, os investimentos da Prefeitura no setor chegaram a R$ 14.553.215,36. Este valor representa 25,83% dos recursos municipais, sendo que a aplicação mínima exigida por lei federal é de 15%.

Audiência pública teve como pauta as ações do setor de saúde no primeiro quadrimestre do ano (Foto: Cristiano Viteck)

Presidida pelo vereador Ronaldo Pohl, a audiência contou com a presença dos vereadores Adriano Backes, Adriano Cottica, Arion Nasihgil, Claudio Kohler e Vanderlei Sauer, além de representantes da comunidade.

A apresentação do relatório foi feita pela secretária municipal de Saúde, Marciane Specht, que foi bastante elogiada pelo trabalho realiza na pasta.

Contudo, houve cobrança por parte dos vereadores para que seja ampliado o número de médicos pediatras que atendem a população na rede pública de saúde de Marechal Cândido Rondon. Segundo os edis, o atendimento nesta especialidade tem sido criticado pela população, que se queixa da falta de médicos.

Inclusive, também foi solicitado que o atendimento pediátrico seja estendido aos postos de saúde do interior do município.

 

Conforme a secretária Marciane, as vagas do concurso público para médicos da área de pediatria estão esgotadas. Citou que foi aberto um Processo Seletivo Simplificado (PSS), porém os profissionais selecionados não assumiram. Ela lembrou que desde 2017 três pediatras deixaram de atender pelo Município, e recentemente outro médico se licenciou por motivos de saúde.

 

Marciane informou que na quinta-feira (30), na Clínica da Mulher, o atendimento é feito por profissional de empresa terceirizada, que realiza de 15 a 17 consultas de pediatria diariamente, na parte da manhã. Dessas, cinco são consultas agendadas e o restante são de livre demanda. Já nas quintas-feiras à tarde há a disponibilidade de outras 15 consultas.

Marciane Specht, secretária municipal de Saúde (Foto: Cristiano Viteck)

Na UPA o pediatra atende de 11 a 16 consultas de crianças, em dias intercalados. Nas datas em que não há atendimento de pediatria, as consultas são feitas por clínico geral.

A secretária reconheceu que, dependendo da procura, pode ocorrer de algumas crianças não serem atendidas. “Infelizmente, neste momento ainda não tem como resolver esta procura maior do que a oferta”, afirma.

Em contrapartida, Marciane anunciou que um novo concurso público está sendo preparado, o qual prevê a contratação de pediatras. De acordo com ela, a meta do governo municipal é disponibilizar atendimento de pediatria 24 horas.

Outro ponto que mereceu destaque na audiência pública foi o pedido para agilizar os atendimentos dos pacientes em fila de espera por procedimentos especializados, que hoje é de 4.463 rondonenses.

Também foi confirmado em 34 os casos de dengue no município nos quatro primeiros meses do ano. Conforme a secretária, a população precisa colaborar no combate ao mosquito Aedes aegypti, a fim de evitar que a doença se torne uma epidemia a partir de setembro, quando começa o período mais quente do ano.

Com relação à vacinação contra a H1N1, cuja campanha de vacinação encerra nesta sexta-feira (31), a meta é atingir 90% das pessoas dos grupos prioritários. O maior índice até agora está entre os idosos: 83,9%. Já em crianças até 6 anos a vacinação alcançou 67,7%, índice bastante próximo das gestantes, que é de 66,4%. O grupo prioritário que menos tem buscado a vacina contra a gripe é o de portadores de doenças crônicas: somente 31,5%. O município registrou uma morte por H1N1 em 2019.

Conforme Ronaldo Pohl, presidente da Comissão de Educação, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia da Câmara de Vereadores, a audiência pública atingiu os objetivos, uma vez que os temas foram debatidos com clareza e mediante apresentação de números, o que possibilitou à comunidade uma leitura real da atual situação da saúde púbica rondonense.

Com assessoria