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Arno Kunzler

A complexa rede do agro

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Poucas pessoas, nem mesmo a grande maioria dos produtores, têm a exata noção da complexidade que envolve a cadeia do agronegócio brasileiro, setor que impulsiona a economia do país nas últimas décadas.

O Brasil passou a ter influência na produção de alimentos quando decidiu investir na expansão agropecuária e na mecanização; antes éramos insignificantes diante da produção mundial.

A expansão do agro começou pelo Paraná na década de 60/70, seguindo para o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Bahia, Goiás, Tocantins e mais recentemente nas regiões do Maranhão, Piauí e Pará.

Aqui no Paraná, depois do ciclo da madeira, o agro cresceu sob a coordenação das cooperativas, que receberam fortes incentivos para mecanização das lavouras e depois da industrialização, especialmente do leite, suínos, frangos, soja, milho e mandioca.

As cooperativas cuidaram também da organização da produção e buscaram mercado externo para valorizar o produto agro.

Ao contrário da década de 70, hoje as cooperativas oferecem integrações para todo tipo de produção, garantindo a compra do produto e oferecendo tecnologias e incentivos para os agricultores.

São as grandes cooperativas que ganharam maior mercado e também têm sob sua responsabilidade todo o processo, desde a produção dos insumos (milho e soja) até a venda do produto no exterior.

Em momentos de instabilidade, são elas que diminuem os riscos para os produtores e garantem o cumprimento dos contratos com o exterior.

E como os produtos têm elevado grau de sensibilidade, exigem intensa atuação política para evitar que haja excesso de oferta em determinado momento que comprometa a saúde financeira dos produtores e especialmente das agroindústrias.

Também são elas que se mobilizam para garantir a oferta de insumos (milho e soja), principalmente, para que nos momentos difíceis a produção atenda aos contratos internacionais, mesmo com prejuízo momentâneo.

Essa complexa cadeia tem hoje na ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, e no governo Bolsonaro uma defesa competente, que garante busca permanente por melhores políticas comerciais, de produção e certificação dos produtos, diminuindo burocracias e garantindo crédito.

Apesar da impressionante oscilação dos preços que influenciaram a majoração dos alimentos, o setor continua otimista e investindo.

O agro brasileiro cresce e agradece!

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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