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Arno Kunzler

A que preço…?

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Nós já sabemos quanto custou para o Brasil, e especialmente para os brasileiros mais indefesos, a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Um rombo que estamos pagando com inflação, com juros muito altos, com falência de empresas e com empregos…

Hoje, a presidente mente, falando que não cometeu crime de responsabilidade com a mesma naturalidade com que mentiu durante toda campanha eleitoral, dizendo que as contas do governo estavam em dia e negando toda e qualquer irregularidade.

Todos os dias temos que olhar essa figura patética falando que “não vai ter golpe” e se julgando inocente, quando todos os fatos comprovadamente indicam o contrário.

Ela foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando a estatal desviou milhões de dólares em propinas e todos os caminhos levam ao pagamento das contas de campanha com esse dinheiro.

Ela foi presidente quando o Banco do Brasil e a Caixa pagaram milhões de contas do governo, fazendo empréstimos não contabilizados, como se isso fosse certo…

Essa mulher “comprou” a reeleição com dinheiro desviado de obras públicas através das grandes construtoras, que já revelaram isso, e com dinheiro do governo, emprestado dos bancos públicos sem ser contabilizado.

Agora vem o terceiro mandato da Dilma, porque esse atual, fruto de reeleição, está comprometido por conta do impeachment, já encaminhado no Congresso.

Quanto vai custar a tentativa da presidente de comprar 172 votos de deputados para não ser afastada do seu cargo de presidente?

O que vão custar essas “raposas” vendáveis que habitam nosso Congresso e fazem dos seus mandatos parlamentares esse balcão de negócios?

Mas não é surpresa para nós, brasileiros, ver o que está acontecendo em Brasília.

Vão dizer de novo que isso sempre existiu, que deputados, para se alinhar com os governos, sempre receberam benesses.

Isso também é verdade, mas o que não acontecia antes era na proporção que acontece agora.

Na cara limpa, comprar votos de deputados liberando emendas parlamentares deles, só para não votar pelo impeachment, não é crime?

Oferecer ministérios, como se fossem consórcios contemplados, também não é crime?

Então, desse governo não se pode esperar outra coisa. É algo impressionante.

O barco desse governo está afundando, mas é provável que sejamos condenados a mais alguns bilhões de gastos feitos antes que a nossa presidente desista…

Um método absolutamente condenável de governar e agora, na esperança de se manter no poder, “dobra o método”… aumentando as ofertas, não mais para governar o país, apenas para não cair.

Aliás, não vemos mais outra coisa… não há governo, há eventos midiáticos com o único objetivo de mostrar que o governo não perdeu força.

O governo não perdeu força porque ainda manipula bilhões de reais do orçamento. Só por isso consegue mobilizar seus apadrinhados para repetir o grito de “não vai ter golpe”.

 

 

Jornalista e diretor do Jornal O Presente

arno@opresente.com.br

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