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Arno Kunzler

As boas e más notícias

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A primeira quinzena de maio iniciou com indicativos interessantes, especialmente para a economia do país.

As boas notícias vêm das perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima do que vinha sendo projetado até pouco tempo atrás.

Além disso, os preços e o abastecimento aos poucos vão se normalizando com a queda da moeda americana, o dólar.

A má notícia disso tudo é que a estabilidade está vindo acompanhada pela necessária e inevitável elevação da taxa de juros.

Definitivamente o governo errou a mão quando baixou a taxa de juros a níveis tão baixos e os manteve baixos e reconheceu o erro tardiamente, quando os preços da maioria dos produtos já estavam acima do patamar desejável.

Agora, a dose do remédio – juros altos – tem que ser maior do que a desejável também para que os preços tendam a recuar ou, na pior das hipóteses, se estabilizar nos patamares elevados.

Os juros altos interferem diretamente no consumo e essa medida, ainda que antipática e politicamente difícil, é necessária, neste momento, sob pena da inflação desestabilizar toda a cadeia produtiva.

Se de fato forem confirmadas as estimativas de crescimento do PIB e a crise energética não inviabilizar esse crescimento, podemos superar a turbulência provocada pela elevação dos preços sem traumas mais profundos.

Com crescimento real, as empresas conseguirão repassar algumas vantagens aos seus funcionários, que perderam poder de compra com a elevação dos preços, especialmente aluguéis, combustíveis, energia elétrica e alimentos.

O Brasil continental vive inúmeras realidades, mas a nossa, especialmente na região Oeste do Paraná, é fortemente influenciada pelo agronegócio, que teve na elevação dos preços um aumento significativo do volume de negócios.

Não somos uma ilha de prosperidade no meio do deserto, mas evidentemente que a nossa realidade não é a realidade do restante do país.

Todavia, é bom reconhecer que estamos dando um salto importante, tanto na valorização da nossa produção primária como na expansão industrial e nos investimentos públicos.

Nunca antes na história desta região houve tantos investimentos públicos e privados em infraestrutura de transportes e de produção.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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