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Arno Kunzler

Buscando forças

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Um ano de pandemia, um ano de muitos questionamentos, críticas, acusações e descobertas.

Um ano que marcou nossas vidas e das nossas empresas para sempre. Um ano que vai ficar na história da humanidade.

Um ano que nossas famílias se dividiram entre medo e esperança, entre o caos e a sobrevivência, entre saudade e expectativa.

Um ano, cujos problemas alguns insistem em negar, em ignorar, em disfarçar.

Um ano em que vivemos menos, que nos divertimos menos, que sorrimos menos, que produzimos menos.

Um ano que não queremos repetir, mas que, ao que tudo indica, ainda está longe de acabar…

Um ano depois da pandemia aumentaram nossos medos, nossas incertezas e nossa agonia pela cura.

Tivemos um ano para aprender, para nos acostumar e tentar entender a vida sem a liberdade que tínhamos antes.

Não há parâmetros para descrever o que vivemos hoje. Distintos sentimentos nos unem e nos separam ao mesmo tempo.

Enquanto milhares de pessoas deram entrada em hospitais superlotados e com médicos e enfermeiros exaustos, vendo as mortes acumulando corpos pelos corredores, outros milhares desfilaram pelas ruas protestando contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e suas decisões.

Enquanto governadores e prefeitos se debatem com seus médicos e suas equipes para tentar evitar o avanço do vírus, outros ignoram as orientações e promovem aglomerações.

É mesmo um tempo em que o ser humano mostra todas as suas faces.

Não há uma alma viva que não tenha opinião sobre a causa, o tratamento e as medidas “erradas” tomadas pelos governos.

Enquanto os empresários lamentam os prejuízos nos seus negócios, muitas famílias lamentam o sofrimento e as mortes do seus entes queridos.

Enquanto os alunos esperam por dias melhores, pais e professores se dividem entre voltar e não voltar às aulas presenciais.

Enquanto esperamos pela vacina para finalmente voltarmos à vida normal, os alarmistas já anunciam variantes mais letais e com possibilidade de infectar quem já está imunizado.

O momento exige de nós algo que não estávamos acostumados a ter, pelo menos não nessas proporções: coragem, criatividade, solidariedade, esperança, medo, paciência, tolerância e muita fé.

Estamos desafiados a buscar forças dentro de nós e, além de cuidar da saúde muito mais do que normalmente, também cuidar muito mais do nosso trabalho e das nossas empresas.

Que Deus nos abençoe e nos ilumine!

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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