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Arno Kunzler

Eleições x pandemia

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Vamos passar anos lembrando de 2020 por todas as circunstâncias, conflitos, divergências e desconforto que vivemos. Mas, certamente a pandemia também vai deixar sua marca nas eleições deste ano e de 2022.

Neste ano, especialmente pela forma como a eleição está sendo realizada, com a dificuldade do contato físico, sempre tão importante nas campanhas municipais, particularmente nos pequenos municípios, mas também pelo adiamento das eleições, o que mudou o quadro político e as chances de muitos candidatos.

Em 2022 saberemos qual o resultado dessa briga entre governadores e o presidente sobre a pandemia.

Muitos pleitos serão decididos, disso não tenho dúvidas, por fake news.

Os partidos e as coligações esperam resposta da Justiça, mas certamente a Justiça não terá como dar respostas em tempo hábil.

Se preparem, candidatos, essa será a arma mais poderosa para atacar adversários desavisados e desprevenidos.

O que também vai ficar marcado são as famosas visitas aos eleitores.

Alguns vão se sentir ofendidos quando o candidato estender a mão para cumprimentá-lo.

Outros vão se sentir ofendidos se o candidato não estender a mão, ao cumprimentá-lo.

É um dilema que precisa ser entendido pelos candidatos.

Será que a maioria saberá lidar com isso?

Por outro lado, a campanha será muito mais barata que as campanhas anteriores, e esse parece ser o aspecto mais positivo de todos.

A importância dos veículos de comunicação será mínima, o que deixa os políticos mais à vontade.

Vai valer muito ter um comitê tecnológico bem afinado, tanto no aspecto de conhecimento das redes sociais, como informação sobre o eleitorado e sensibilidade política.

Talvez seja nesse campo que os comitês terão seus maiores investimentos e maior cuidado.

A produção de material promocional e de desmentidos convincentes será vital para o desempenho dos candidatos.

Senhores candidatos, não esperem que a Justiça intimide as fakes, mesmo que ela prometa ação rápida.

A Justiça tem o seu tempo, os seus prazos.

A campanha eleitoral não. Ela acaba dia 15 de novembro e mudar o resultado depois é muito raro.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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