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Arno Kunzler

#força Moro

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Não quero aqui entrar na onda da “moromania”, mas se algo deu certo no Brasil, nestes últimos tempos, foi a Operação Lava Jato conduzida a mão de ferro pelo juiz Sérgio Moro.

Então, talvez tenhamos muitos motivos para criar uma campanha, estilo Chapecoense, já que nada se cria, tudo se copia.

Uma campanha para mostrar ao Brasil que sem a atuação de Sérgio Moro o Poder Judiciário do Brasil fica menos confiável, e muito menos temido pela bandidagem, e os brasileiros menos esperançosos de que um dia as coisas vão mudar.

Moro se tornou o símbolo que a Justiça pode funcionar melhor, desde que não teme e não negocie com bandidos.

Para isso precisa ter coragem, ações inteligentes baseadas na lei e destemor de que alguém possa querer praticar algo contra sua vida.

Moro demonstra ter essas características, age com destemor, mas com prudência, tanto que com tudo que já fez e com tantas sentenças de prisão que já prolatou ninguém conseguiu desmenti-lo.

O Brasil que cansou de ver bandidos se dar bem, especialmente quando ocupam cargos importantes nos governos, ou são empresários bem-sucedidos, vibra e comemora os resultados da Operação Lava Jato.

Os que preferem continuar se dando bem, tendo seus comparsas no governo, atiram pedras contra a Lava Jato e especialmente o juiz Sérgio Moro, os delegados e promotores que atuam nas investigações que dão base às sentenças do magistrado.

As tentativas de desmobilizar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal neste momento crucial das investigações, até o momento, foram contidas.

Todavia, em 2017 ou ainda no apagar das luzes de 2016 novas investidas devem ocorrer e, além da nossa vigilância, é preciso ter reação.

Reação nas ruas num primeiro momento, mantendo os brasileiros mobilizados contra os que desejam destruir as investigações que levaram dezenas de empresários ricos e políticos poderosos ao xadrez.

Essas ações do Judiciário, como nunca antes na história deste país, ameaçam as elites que manipulam os grandes orçamentos públicos e promovem um sentimento de que “amanhã serei eu”… se nada acontecer hoje.

Mudar as leis que propiciam investigações, especialmente com delatores, é o primeiro passo.

O segundo é segurar o ímpeto das investigações mediante ameaças como a desaforada intenção de impor essa lei do castigo a quem vai em busca de provas mais ousadas, ou age de forma mais ousada, que chamaram de “abuso de autoridade”.

O abuso de autoridade mais cruel que atinge o povo brasileiro é a forma perniciosa que se permite negociar interesses imorais, seja dos congressistas a seu próprio favor, seja de congressistas para favorecer outras categorias do Poder Público.

Essa imoralidade que permite que no Brasil inteiro se pague salários de até R$ 500 mil a integrantes de poderes, e que cria o famoso “direito adquirido” para eternizar pagamentos imorais, mas perante a lei deles, legais.

Essa imoralidade sim é fruto de “abuso de autoridade” praticado pelos membros do Congresso, do Executivo, do Judiciário e também do Ministério Público.

Para conter esses avanços abusivos contra as finanças públicas, aplausos…

Mas perseguir bandido dentro da lei não é abuso de autoridade, pelo contrário, é dever de ofício de quem ocupa esses cargos.

E os brasileiros de bem querem que essas pessoas investiguem até o fim, doa a quem doer.

Para alcançar o crime organizado em suas etapas mais avançadas é preciso ter ferramentas e atitudes que às vezes beiram o abuso, mas se justificam plenamente pelo abuso continuado que esses criminosos agem.

Permitir que esses bandidos se escondam atrás de um dispositivo malandro chamado de “abuso de autoridade” é permitir que o poder de investigação alcance apenas os flanelinhas e nunca os donos do ponto.

#forçamoro2017

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