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Arno Kunzler

O que esperar de 2020?

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Certamente estamos todos iniciando o Ano Novo com um otimismo generalizado, um leve otimismo generalizado.

Temos muitos e bons motivos para alimentar esse sentimento.

A começar pela nossa região. O fator mais importante: choveu e está chovendo com frequência. O que há três meses assombrava os produtores agora virou otimismo.

Além da chuva que melhora a expectativa da safra, os agropecuaristas que criam frangos, suínos e gado de corte estão satisfeitos com os preços e a demanda promete não esfriar tão cedo.

Então, o comércio e a pequena indústria da região são movidos a boas expectativas e isso garante “otimismo”.

Agora, se olharmos para o macro, os motivos do otimismo são ainda maiores.

Pela primeira vez nos últimos tempos iniciamos um ano com a expectativa e quase certeza de que ele será melhor que o anterior.

O Brasil é um dos gigantes mundiais e se as coisas melhorarem um pouquinho todos sentem o impacto positivo.

Os fatores mais críticos de 2019 foram superados, com dificuldade, é verdade, mas foram superados.

Se o novo governo gerou dúvidas quanto à condução da política econômica e fiscal, essa dúvida foi desfeita e hoje carregamos um sentimento de que as coisas prometidas durante a campanha de fato estão sendo implantadas.

Podemos discutir e discordar aqui e acolá, mas, de modo geral, estamos vendo o país implementar práticas que vão nos levar a uma melhora econômica e fiscal.

A mais importante e difícil de ser aprovada foi a reforma da Previdência e que segue o mesmo caminho nos Estados, o que nos leva a crer que as contas públicas terão uma significativa melhora num futuro próximo.

O intenso trabalho do governo para desamarrar a economia da burocracia estatal é um gesto que indica melhorias para quem produz.

A flexibilização da legislação trabalhista melhora as relações de trabalho, gera mais confiança para quem contrata e melhora as condições para os bons funcionários, aqueles que se comprometem com resultados.

O combate aos privilégios em todas as esferas governamentais ganha força e com a pressão popular indica que teremos uma redução dessas vantagens, sem explicação, que alguns setores pagam para os servidores públicos.

Os investimentos dos governos em obras de infraestrutura estão indo bem e com tendência de acelerar ainda mais, tendo em vista que 2020 é ano eleitoral e os governo federal e os estaduais têm compromissos.

E o mais importante para a economia crescer: financiamentos mais baratos para investimentos e custeio e juros módicos para o comércio.

Com dinheiro disponível e juros baixos, os brasileiros voltam a investir, desde a construção civil que vem se recuperando devagarinho, até a modernização e ampliação das linhas de produção das indústrias.

Vamos ingressar, portanto, em um ano que pode ficar marcado por um crescimento há muito não visto no Brasil.

Não um crescimento estimulado por consumo à base de financiamentos subsidiados ou incentivos, como baixar a conta da luz, da água ou liberar FGTS.

Crescimento real, fruto de distribuição de renda conquistada pelo trabalho, tanto por pessoas físicas como jurídicas, que terão mais capacidade para consumir e investir.

Viva 2020! Se você também acredita, vamos em frente.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos da Natureza

arno@opresente.com.br

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