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Arno Kunzler

Parasitas – NÃO

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, já pediu desculpas por ter pronunciado esse termo se referindo ao funcionalismo público.

Ocorre que o serviço público de fato abriu espaço e muitas brechas para acomodar servidores que poderiam ser considerados assim.

Mas, por outro lado, existem milhares de servidores dedicados que honram as instituições e que merecem respeito e não podem ser colocados nesse mesmo balaio e condição, sob pena de se praticar uma grande injustiça.

Está claro no Brasil que precisamos discutir e debater os “parasitas”, e essa vontade não é só do povo brasileiro, é também dos servidores que honram as instituições e muitas vezes são confundidos e misturados nesse lamaçal.

É compreensível que o responsável pela economia no Brasil tenha a percepção de que esse fenômeno parasitário fosse detectado e certamente nem é necessário usar lupa.

As contas públicas desestabilizadas pelos governos irresponsáveis pagam salários e aposentadorias indigestas na visão de quem trabalha uma vida inteira para se aposentar pelo INSS.

Os chamados “privilégios” precisam ser identificados e atacados, pelo bem do Brasil, pelo bem dos servidores honestos e dignos, pelo bem dos trabalhadores e todos que precisam um dia contar com o dinheiro de uma aposentadoria.

A pior constatação é que a maioria desses “privilegiados” por leis de ocasião não são trabalhadores que honram o serviço público. São oportunistas que entraram para se beneficiar dessas brechas, e podem ser de fato, na mais pura concepção da palavra, “parasitas”.

Chamá-los assim, para chamar atenção do Brasil para esse assunto, pode ter sido uma assertiva do ministro, mesmo num ato falho.

O que ele reconhece, e com razão, é que não se pode generalizar jamais quando se tratam de situações diferentes, e nesse caso, muito diferentes.

Por outro lado, o que não se deve querer agora, em nome dos milhares de bons servidores e do Brasil, é proteger e ignorar os que podem ser chamados e que devem ser tratados como “parasitas”.

Eles existem. Não é invenção do ministro.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e Editora Amigos da Natureza

arno@opresente.com.br

 

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