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Arno Kunzler

Pedágio: sou a favor

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Hoje quero fazer aqui uma reflexão sobre o pagamento de pedágio nas rodovias.

Muitas pessoas podem achar estranho dizer que sou a favor, mas vou explanar as minhas convicções.

Há muitos anos o Brasil não tem dinheiro para manter a malha rodoviária que cresceu e se expandiu.

Muito menos para ampliar a malha em regiões onde o progresso está chegando rapidamente.

O governo só tem uma solução para ter mais dinheiro: cobrar mais impostos.

Logo, de uma forma ou de outra, você, contribuinte, vai pagar pela manutenção das rodovias.

E particularmente eu estou convicto que a manutenção das rodovias nas mãos da iniciativa privada, mesmo gerando lucros, é muito mais barata e eficiente do que nas mãos do Estado.

O pedágio é um imposto pago pelo usuário – quem usa mais, paga mais.

O que não tem sido adequado no Brasil é o valor do pedágio, e isso é outra discussão.

São negócios malfeitos por governos incompetentes ou corruptos.

Talvez seja pelos negócios obscuros feitos no passado na concessão das rodovias que grande parte da população tem esse sentimento de rejeição.

Mas o pedágio a preços justos, com estradas em boas condições, sem dúvida é o ideal.

Não haverá solução mágica: ou o governo tira dinheiro da saúde, educação e segurança para investir nas rodovias ou aumenta os impostos.

E, se a opção for essa, aumentar os impostos, já sabemos que as estradas continuarão ruins e todos, usuários ou não, pagarão por isso.

Logo, pedagiar as principais estradas do país é a melhor solução.

Alguém pode questionar se de fato precisa cobrar pedágio, já que pagamos tão elevada carga tributária?

E tem razão quem pensa assim. A questão é que os governos, via de regra, são maus gestores dos recursos.

E quanto maior a fatia de recursos a serem administrados, maior é a tentação, maiores são os desvios e a corrupção.

Além de fazer a manutenção das rodovias, o projeto atual prevê também a duplicação de grande parte delas.

E é isso que deve ser feito, cobrar pedágio para manter, ampliar e melhorar a malha viária.

Essa é a melhor solução.

Que os governantes aproveitem a oportunidade ímpar, e, baseados na experiência do que não deveria ter sido feito no passado, realizem as melhores propostas e consigam os melhores contratos.

 

Arno Kunzler é jornalista e diretor do Jornal O Presente e da Editora Amigos

arno@opresente.com.br

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